Após o grande decreto do príncipe Érik, cinco meninas com renda baixa comprovada foram sorteadas para fazer parte da escola real. Scarlett Peasant estava entre essas cinco meninas, e como recrutada do governo, ela teria todas as dívidas de sua famíl...
Meus olhos contemplaram uma biblioteca gigante! Eram tantos livros que minha vista chegava a ficar confundida. Eu estava maravilhada com aquilo! Desde que eu chegara no palácio escutei falar sobre a biblioteca, mas nunca imaginei que seria daquela forma, tão incrível! Embora quase todo o palácio fosse feito de ouro, ou em cor de ouro, a biblioteca era um ambiente rústico e extremamente confortável.
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- Érik, isso é... Incrível – eu me soltei dele e comecei a mexer nos livros.
- Eu sabia que ia gostar! – ele falou. – Sua paixão por isso é única, eu queria te mostrar de uma... Forma especial – eu olhei para ele e o contemplei de cabeça baixa.
- Está tentando se desculpar? – perguntei.
- Estou envergonhado por tudo o que eu fiz – ele falou com lágrimas nos olhos. – Pensei que quebrar regras por você a faria ver que não sinto por Gina o que sinto por você. Sei que não gostou de me ver com ela, mas eu não podia deixar ela perceber o que existe entre nós. Se ela perceber que eu sou apaixonado pela garota do sorteio, o que vai acontecer com você?
- O que você disse? – eu sorri.
- Eu estou envergonhado por... – eu o interrompi.
- Não isso, a outra frase.
- O que vai acontecer com você se...
- Não! Isso também não! – eu ri e ele me olhou confuso, mas não demorou para entender.
- Ah, é, eu sou apaixonado pela garota do sorteio – ele sorriu e pela primeira vez o vi ficar vermelho de vergonha.
- Me trazer aqui foi o melhor presente que você poderia me dar, não precisa se desculpar com nada – eu sorri e comecei a rodar pela biblioteca lendo trechos de vários livros. Aquilo era incrível.
Érik se juntou a mim e me mostrou os livros que contavam a história de Apolônia. Depois, os livros de romance e de guerra que ele havia lido. Me apresentou tudo o que conhecia e a mesa de anotações da biblioteca. Me mostrou uma bola grande como a representação do mundo inteiro. Algo recentemente criado e que pouquíssimas pessoas tinham acesso. Eu não sabia o nome daquilo, mas era muito bonito.
- Isso é incrível! Eu já perdi a conta de quantas vezes já falei isso desde que chegamos aqui – nós rimos.
- Que bom que gostou! – ele falou e seu sorriso morreu tão rápido que me deixou preocupada.
- O que houve? – perguntei.
- Nada, ainda – ele respondeu. – Meu primo, Jullian, vai vir... Morar aqui.
- Eu não sei quem é, mas... Acredito que não goste tanto dele, pela sua expressão.
- Eu não sei se posso dizer que não gosto dele, mas a presença dele sempre me trouxe calafrios – ele falou e se sentou à mesa de anotações.
