Capítulo 1

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Poucas coisas na vida me deixam extremamente irritada. Uma delas é erro, principalmente nas minha operações. Não os suporto. Um simples erro pode causar uma enorme confusão quando passam despercebido. Um grande exemplo disso sou EU. Sou um erro que passei despercebido entre milhares de outros erros e hoje causo uma enorme confusão. Irônico né?

Nas minha operações não suporto erros, nem os mais pequenos deles. Quando o assunto é trabalho eu sou uma pessoa exigente. Fria. Calculista. Tudo tem que sair perfeito. Um erro pode ser irreversível. Por esse e outros motivos que eu levo horas, dias e até meses (quando possível), calculando cada passo de uma única operaçã. Cada movimento é minimamente pensando, para não ocorrer nenhum erro.

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No início da tarde o delegado solicitou eu e jéssica, em sua sala.

─ Transferidas? ─ perguntamos ao mesmo tempo.

O que? Esse homem só pode ter enlouquecido. Como assim do nada ele vem com história de transferência? É um louco total.
Que absurdo!

─ Sim. ─ respondeu o delegado.

─ Qual razão? ─ pergunta Jéssica.

─ Vocês irão assumir uma nova operação, no estado do Rio de Janeiro. ─ diz o delegado.

─ Quando seremos transferidas? ─ pergunto.

─ Hoje mesmo. ─ diz o delegado.

PROFISSIONAL ALEXIA, SEJA PROFISSIONAL.

─ Ok ─ Respondo inconformada.

─ Vocês já podem ir, As informações sobre a operação vocês receberam quando chegarem ao rio. ─ diz o delegado. ─ Vocês saíram no primeiro voo que vai para o rio, às cinco horas, sejam rápidas. Quero pontualidade. ─ completa.

Saio da sala e em seguida jéssica faz o mesmo. Jéssica é simplesmente a melhor pessoa do mundo. A melhor amiga. Melhor conselheira. Melhor companheira das loucuras, ela é simplesmente aquela amiga sem juizo que todo mundo tem.
      Mas totalmente responsável quando o assunto é trabalho. Trabalhamos juntas a três anos. Lidero algumas operação e jéssica é "minha fiel escudeira".

─ O que você tá pensando? ─ pergunta jéssica.

─ Em como fazer um implante naquela careca. ─ rimos.

─ Você é do mal. ─ Responde jéssica rindo.

─ Pela primeira vez não gostei de saber que vou liderar uma operação. ─ digo.

─ Olha pelo lado bom, pelo menos lá não vamos está sozinhas. ─ diz entrando no carro.

Dou de ombros.

─ Então partiu arrumar as malas. ─ diz empolgada.

─ Não sei como você consegue ficar tão animada, sabendo que daqui algumas horas estaremos literalmente longe de Brasília. ─ digo inconformada.

─ Talvez se você fosse menos ranzinza, acharia um lado bom nessa história. ─ diz jéssica tentando usar seus melhores argumentos.

─ Primeiro que eu não sou ranzinza, sou realista. ─ digo levantando alguns dedos da mão, em sinal de contagem ─ Segundo que eu não vejo lado bom nenhum nessa história. ─ completo.

─ Poxa Lexy, será que você não pode pelo menos finjir que tá animada? ─ pergunta e eu dou de ombros.

─ Pelo menos você vai ver seu irmão. ─ diz jéssica.

Há meses que eu não vejo meu irmão, por causa do trabalho eu em Brasília e ele ficou no Rio.
Raramente ele vem me vê, ele vem em ocasiões especiais (ou seja, duas vezes no ano), no meu aniversário e no aniversário dele.

Jéssica estacionou o carro, descemos e fomos em direção do nosso apartamento. Eu e jéssica moramos em um condomínio residencial fechado.

Entrei na minha casa e tentei ser mais rápido possível. Coloquei todas as malas na sala e fui me arrumar. Tomei um banho, peguei a roupa que eu tinha separado. Quando eu e jéssica desembarca vamos direto para uma reunião ou seja temos que está o mais apresentável possível. Passo na casa de jéssica, ao lado da minha, ajudo a mesma leva as malas, entramos no táxi e fomos em direção a algo incerto, e eu odeio incerteza.

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Cumprindo MissãoOnde histórias criam vida. Descubra agora