Capítulo 8

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Estávamos sentandos um ao lado do outro, esperando Mark e na minha falha tentativa de ignorar Daniel eu estava mexendo no celular.

─ Eu ainda tem algumas chance com você? ─ pergunta Daniel.

─ Por que a pergunta?

─ Você sabe muito bem porque. ─ ele coloca as pastas sobre a mesa e volta a me olhar. ─ Não se faça de desentendida, eu sei muito bem, que você sabe do eu estou falando. Eu te conheço Alexia. ─ diz sério.

─ Eu não quero conversa sobre isso agora.

─ E quando vai querer? Daqui a mais nove anos?

─ Vou falar mais uma vez! Eu não quero conversa sobre isso agora. Entendeu agora?

─ Lexy por favor, a gente precisa conversar.

─ Eu não preciso nada. Isso já passou. Eu já te perdoei. Então por favor, não force a barra.

Dou de ombros e levanto, Daniel me puxa fazendo eu cair sentada no sofá novamente.

─ Se você não precisa, eu preciso. Se não vai falar, então vai me ouvir. ─ diz me segurando. ─ Poxa Alexia, eu te amo e todas as vezes que eu disse isso não era da boca para fora, era verdadeiro. E esses nove anos que você passou longe não mudou nada, só aumentou tudo que eu sinto. Eu errei muito e estou disposto a corrigir meu erro. ─ diz segurando meu rosto.

Eu posso ser policial. Ter sido treinada. Ter experiência. Eu posso me mostrar a pessoa mais forte do mundo, mais mesmo a pessoa mais forte do mundo tem fraquezas e Daniel certamente é uma dessas fraquezas e ele sabe disso.

Ele encostou sua testa na minha e observou atenciosamente a reação que ele causava em mim. Mas, ele está errado se estiver achando que vai ser tão fácil assim. Antes que ele tentasse qualquer coisa a campainha e tomada por um som, anunciando a chegada de alguém.

Em uma ação rápida, eu me afasto de Daniel e vou até a porta, mim deparando com Mark.

─ Entra! ─ digo.

Eu afasto da porta e dou espaço para ele passar, ele entra e se depara com Daniel sentando no sofá.

─ Atrapalho? ─ pergunta Mark me olhando.

─ Claro que não. ─ digo o abraçando e o mesmo retribui.

─ Então, como posso ajudar? ─ pergunta.

─ Você ainda está trabalhando na investigação do caso do Agente de Brasília?

─ Estou sim e é por esse motivo que o delegado me mandou para o Rio. Ele quer que eu te ajude na investigação. Ele mandou eu te entregar isso pessoalmente. ─ diz Mark entregando uma pasta.

─ João Henrique Menezes?

─ Segundo investigações ele é  acusado de ter matado o Agente. Ele conseguiu sair de Brasília e vir para o rio como você já sabe, só que tem um problema esse cara passou totalmente despercebido. ─ diz Mark.

─ Como assim despercebido? ─ pergunta Daniel.

─ Ninguém viu nada, como sempre ninguém quer colabora com a polícia. ─ diz Mark.

─ E como aqui constar o depoimento de uma mulher? ─ perguntei depois de analisar os documentos que Mark me entregou.

─ Exato. Essa mulher era esposa da vítima. Segundo ela antes de vira policial, a vítima morava aqui no estado do Rio de Janeiro e tinha conhecidos do mundo do crime. ─ Responde Mark.

─ Para o assassino ter um trabalho todo de ter saído daqui e ir para Brasília, por certo o Agente deveria saber alguma coisa. ─ digo.

─ Queima de arquivo. ─ diz Daniel.

─ Mas, o que ele saberia de tão importante e como ele descobriu? ─ pergunta Mark.

─ Isso é o que vamos descobrir ─ responde Daniel.

─ Lexy, sua equipe só pode saber do caso quando você tive encerrado as investigações e tive com uma tática montada para prender o acusado. ─ diz Mark.

─ Por? ─ pergunto.

─ Ordens do delegado de Brasília. Segundo ele o Agente é filho de um amigo dele e ele quer o mínimo de pessoas envolvidas nas investigações e o acusado atrás das grades. ─ Responde.

─ Se a vítima tem família, como é que aqui só constar o depoimento da esposa? ─ pergunta Daniel.

─ Também não sei. ─ Responde Mark.

─ Eu quero conversa com os pais do Agente amanhã.

Passamos horas conversando sobre o caso e logo depois Mark foi embora e meu irmão e jéssica chegaram.

Fui para o meu quarto, mais uma vez tentando ignorar Daniel e basicamente vai ser o que eu vou tentar fazer daqui em diante ignorá-lo. Por fim a única coisa que eu preciso agora é sair e é isso que eu vou fazer. Levanto tomo um banho e vou tentar sair dessa casa sem ser bombardeada de perguntas.

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Cumprindo MissãoOnde histórias criam vida. Descubra agora