O amor que não é meu

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- Mãe, pai ... - Os chamei - Sorrindo para foto!

Eles sorriram e eu tirei as fotos.

- Tia Nicole, posso abrir meu presente? - Claire me perguntou segurando a barra do meu vestido.

- Só depois da meia noite, ainda não é Natal.

- Mas porque estamos nessa festa?

- Porque é véspera de Natal. Amanhã eu prometo que você pode abrir todos os presentes.

- Ah, não! - Ela fez um biquinho e saiu com os braços cruzados.

- Meu Deus, dá vontade de dar logo a ela os presentes. - Falei para Marina.

- Nada disso! Você mima demais a Claire, ela precisa saber que existem regras nessa vida.

- Que chato! - Reclamei.

- E não use a menina, você também quer abrir seus presentes. - Minha irmã me conhecia bem. Sorri. Também era.

- Como está a empresa? - Meu pai perguntou

Sentei próximo ao meu pai e o beijei.

- Está indo bem pai, temos uma cartela de cliente muito boa e só tende a crescer, nem sei se um dia darei conta. Nossa empresa melhorou bastante quando souberam que Pietra fazia parte. Já estamos bem felizes com nossos resultados.

- Mas você já tem seu nome no mercado também, já me perguntaram até se você era minha filha. - Ele falou todo orgulhoso.

- Obrigada pai, mas devo muito isso a Ivan e agora a Pietra, eles têm me dado excelentes oportunidades.

- Eles lhe dão porque sabem de sua competência.

- Seu babão - O beijei.

***

Estava caminhando com montanha, no parque. Ele tinha acabado de latir para mais dois enormes cachorros. Às vezes acho que montanha não tem noção do quanto ele é pequeno, acho que ele tem alguma síndrome de grandeza, ele sempre se acha enorme porque ele só late e fica valentão para os cachorros que tem o dobro do seu tamanho. Dou um sorriso de desculpas para o dono do cachorro que sorri com pena de montanha e corro para o mais longe que posso.

- Montanha seu levado, não faça isso.

Dou uns passos mais à frente e vejo um trailer que vende sorvete, sigo na direção e peço um de baunilha para mim. Enquanto espero, me abaixo e aliso montanha, quando então ouço uma voz.

- Você sempre gostou de baunilha, não é?

Eu congelo. Porque eu sei que é ele. Abro um sorriso e levanto minha cabeça, mas logo o desmancho, porque a pergunta não era para mim. Então os vejo e Isaac está com um dos braços envolvidos na cintura dela, ambos de costa para mim.

- Sim, adoro baunilha. - Priscila responde empolgada. - E o daqui mais ainda, adoro esses sorvetes gourmet.

Não me movo, e pretendo ficar assim até eles irem embora. Porém o sorveteiro tinha outro plano para mim.

- Ei senhora, seu sorvete.

Quero desmaiar, posso?

Levanto a cabeça, olhando diretamente para o sorveteiro. Pego o sorvete rapidamente e saio. Quando dou as costas o sorveteiro grita.

- Senhora.... Precisa pagar!

Posso morrer então?

Dou um sorriso sem graça, voltando e entrego o dinheiro a ele.

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