Vivendo todas as formas do Amor

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Estava caminhando com Montanha num sábado de manhã, indo em direção a casa dos meus pais, dessa vez Enzo e Claire estavam comigo desde cedo, a pedidos de Marina. Abri a porta da casa dos meus pais e Claire, Enzo e Montanha saíram correndo a procura dos avós, eu fechei a porta e tirei o meu cardigã, quando vejo meu pai vindo em minha direção.

- Bom dia querida!

- Bom dia pai! - Nos abraçamos. - As crianças já passaram por você?

- Já sim, quase me atropelaram e correram para a avó, os sanduiches já denunciaram coisas gostosas vindo por ai!

- Ah, eu vou amar comer os sanduiches também. E Montanha?

- Correu para o quintal. Ele adora nossa árvore.

- Verdade, ele sente saudade de morar em um quintal, ele fica preso naquele meu pequeno apartamento.

- Então, deixe ele aproveitar.

Seguimos em direção a cozinha.

- Mãe! - Nos abraçamos e em seguida coloquei Enzo e Claire sentados na cadeira, sentei ao lado deles para esperar pelos queridos sanduiches.

- Tomem suco! - Papai nos serviu com copos de suco.

- Ah que saudade disso! - Falei já tomando alguns goles.

Mamãe trouxe os sanduiches e nos servimos nos deliciando. Eram os melhores sanduiches que eu já havia comigo. E eles ainda me faziam lembrar de Isaac. Depois que comemos, as crianças foram brincar na nova casa da árvore que papai fez. Que na verdade, não ficou na árvore, permaneceu no chão. Mas era adorável. Sentamos nas cadeiras no quintal, enquanto as crianças brincavam com Montanha na casa da árvore.

- Como anda a empresa? - Meu pai perguntou.

- Tudo bem pai. Melhor do que eu imaginava estar.

- Que bom! - Ele olhou para mim - Tudo bem com você?

- Sim!

Alguns segundos de silêncio, até ele falar.

- Marina me falou de Priscila ... É uma lastima!

- Verdade!

- E também soube que ela pediu sua ajuda! - Ele falou olhando para mim, olho para minha mãe que se aproxima e senta ao lado dele.

- A vida nem sempre é fácil!

- Ninguém disse que seria! Nem mesmo Deus!

Respirei fundo porque eu sabia muito bem disso.

- Fico preocupada com você se envolvendo tanto com eles. - Meu pai falou.

- Tudo bem pai, só estou lá quando ela me chama, e isso é bem raro. Raro mesmo.

- E depois?

- E depois ela vai fazer o tratamento e vai sobreviver para cuidar daquelas crianças. Elas precisam dela!

- Elas? - Minha mãe pergunta.

- Sim, duas meninas!

- Uau! - Minha mãe fala surpresa e me olha ainda mais preocupada.

- Nicole, eu admiro sua força de vontade e disposição em ajudá-los.

- Não estou ajudando nada papai, só sirvo mesmo para algo psicológico para Priscila, ela só precisava de alguém que concorde com a decisão dela. Só isso!

- Será? - Minha mãe pergunta olhando para mim. Eu a olho, procurando entender em seu olhar o que ela quer dizer com aquilo.

- O que você está querendo dizer?

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