06 • Violet

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P.O.V VIOLET

Acordei algumas horas depois sem me lembrar do que tinha acontecido. Depois, quando lembrei, pensei: Foi um pesadelo. O dia acabou de começar e eu estou bem, e verei o Shawn daqui a pouco. Este simples pensamento bastou para que um sorriso bobo aparecesse em meu rosto, o mesmo sorriso que desapareceu ao reparar o ambiente ao meu redor. Ainda estava em meu quarto, mas havia 3 pessoas conversando do lado de fora da porta. Meu pai, minha médica e outro homem, que eu acho que é outro médico. Havia um aparelho ao lado da minha cama, e algum tipo de soro estava sendo injetado em meu braço. A dor havia sumido, como sempre. E uma das coisas que os médicos nao entendiam era como funcionavam minhas dores. Elas geralmente vinham muito fortes e intensas, mas depois paravam completamente e eu ficava ótima de novo, mas mesmo assim ficava algum tempo de repouso.
Quando eu raciocinei oque tudo aquilo significava, entrei em desespero. Não. Não. Não. Não. Não hoje. Não agora. Não quando eu estava tão perto de conhecer o Shawn.

- Pai? - me ouvi perguntando. Ele rapidamente se virou pra mim, seguido dos médicos, só agora notando que eu havia acordado. Ele veio até mim e beijou minha testa, segurando minha mão.

- Oi Baby, é muito bom você estar acordada. Como voce esta? - "Baby" foi o apelido especial que meu pai me deu.

- Estou bem. Pai, eu ainda posso ir conhecer o Shawn hoje, não é? - perguntei, esperançosa. Aquele leve mal estar não podia acabar com a chance da minha vida. Com certeza não. Mas o olhar triste de meu pai lançou de mim para os médicos, ja me deu a resposta. Jennifer se aproximou e veio falar comigo. O carinho e a pena na voz dela me destruíram.

- Ei mocinha, seu pai me contou dos planos pra hoje. E eu sinto muito, muito mesmo, que você nao possa ir, mas tudo oque você precisa agora é repouso absoluto. Toda essa ansiedade acumulada ne sses últimos dias fez muito mal à você, querida. Você precisa de pelo menos 1 dia pra se recuperar.

- Não Jenny, eu já estou bem. Já consigo ficar de pé normalmen... - fui tentar me levantar e demonstrar isso pra ela, mas estranhamente senti uma dor aguda ao lado da barriga e minha cabeça latejou. Voltei a me deitar.
- Ok, eu não estou tão bem assim, mas tenho certeza de que eu ainda posso ir ver o Shawn... a gente só vai ficar sentado conversando. Papai... - Lancei a ele um olhar suplicante ao ver que Jennifer balançava a cabeça negativamente.

- Eu sinto muito querida, mas a sua saúde vem em primeiro lugar... - os médicos falaram algo com o meu pai e saíram. No mesmo instante, comecei a chorar.

- Pai... eu não posso ficar... ficar aqui... o Shawn ja deve estar me esperando. - Gaguejei, vendo no celular que ja passava um pouco das 12:00h, horário marcado para eu conhecê-lo.

- Eu ja mandei mensagem para aquela moça, filha. Eu tenho certeza de que podemos remarcar esse encontro. É só falar com eles e... - Comecei a chorar mais ainda.

- Não, pai, não podemos! O Shawn é um artista, ele é muito ocupado, e mesmo de férias tem muitos compromissos, além de ter que ficar com a família e os amigos. E mesmo assim ele estava disposto a realizar meu sonho meu sonho de conhecê-lo,mas graças a essa droga de doença, acabou tudo! Ah, papai. DROGA, DROGA, DROGA! - continuei chorando e meu pai me abraçou. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas ele só me soltou quando eu me acalmei. Ele se levantou e disse que iria preparar algo muito bom pra eu comer. Então ouvimos alguem bater na porta.

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perfectly imperfect ▪S.MOnde histórias criam vida. Descubra agora