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— Vamos para algum lugar! Isso está matando você!

— Eu estou bem, sério. Isso é muito importante pra mim, Johnny.

Ambos estavam num impasse. Johnny queria livrar o namorado do estresse de concluir um TCC, e Ten queria o emprego dos sonhos numa grande agência de publicidade, e por isso terminar aquele trabalho bem feito e no prazo era a chave para um bom emprego na área desejada. Era estressante, e frustrante, e desesperador, mas não seria desafios como aquele que tinha que enfrentar para ter uma boa vida? Se fosse, ele passaria por mil TCC's se fosse preciso.

— Você ainda tem dois meses, meu amor — disse Johnny, fazendo uma massagem nos ombros do tailandês. — Eu posso te ajudar depois, de qualquer maneira teremos que trabalhar juntos pro meu TCC.

— Que aliás, o senhor ainda nem começou a fazer, não é? — perguntou Ten, sorrindo e se deixando levar pela massagem. — Se eu topar um passeio no parque com direito a muito sorvete e beijinhos, você promete que vamos fazer nossos trabalhos amanhã?

— Só se você me prometer não pensar nisso por hoje.

— Fechado.

+++

— Não tem falei que iria ser bom pra você? Está até sorrindo mais! — disse Johnny, dando um beijo na bochecha de Ten.

— Com você é impossível não sorrir — respondeu o tailandês, abraçando o namorado pela cintura.

— Está com fome? Abriu um restaurante novo aqui perto, e pelo o que eu ouvi falar o lamen deles é maravilhoso.

— Sabe, as vezes eu acho que você gosta mais de comida do que de mim — disse Ten, fazendo uma falsa expressão de tristeza, com direito a um biquinho e tudo.

Johnny deu risada e parou de andar, se colocando em frente ao namorado. Beijou aquele biquinho considerado fofo e sorriu, sussurrando:

— Não há nada nesse mundo que eu goste mais do que de você.

O casal foi andando sorridente até o restaurante. Algumas pessoas o olhavam com expressões de espanto, ou até mesmo de ódio, mas eles não se importavam. Já estavam acostumados com os olhares ameaçadores, faziam parte de suas vidas como namorados. Não sabiam até quando aquilo iria continuar, mas tentavam ignorar a todo o custo.

Enquanto andavam por uma avenida, viram dois rapazes juntos, saindo de um hotel. Os dois também pareciam ser um casal, estavam de mãos dadas e pareciam bem íntimos. Como estavam de costas, era difícil ver seus rostos, mas mesmo assim Ten sorriu. Esperava que eles fossem tão felizes quanto ele e Johnny.

O restaurante era pequeno, porém cativante. Ficava na esquina entre duas avenidas, mas naquele horário não estava tão cheio assim. Ten se surpreendeu ao ver o casal indo se sentar em uma das mesas, haviam escolhido o mesmo restaurante que eles ao acaso.

— Vamos nos sentar perto deles — sussurrou Ten, apontando discretamente para os rapazes.

— Por que? Tá interessado em algum dos dois? — respondeu Johnny, rindo.

— Claro que não, só simpatizei com eles, nada demais.

Johnny revirou os olhos, e se sentou na mesa atrás do casal, acompanhado de Ten. Assim que começaram a olhar o cardápio, o tailandês ergueu o olhar para falar com o namorado, mas o encontrou com uma expressão de surpresa, como se tivesse visto alguma assombração. Ten riu de sua expressão, e logo se virou para ver o que Johnny tanto olhava.

E deu de cara com o sorriso irônico de Taeyong.

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