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Ten chorava. Chorava até ficar sem ar de tanto que soluçava. Johnny tentava acalmá-lo a todo o custo, dizendo que tudo ficaria bem e passando a mão pelos seus cabelos. Enquanto ele estava na cozinha lhe preparando um chá, Ten revivia em sua mente as últimas horas.

Taeyong estava diferente. Abandonou seus moletons vermelhos e andava com camisas sociais e suspensórios, seu cabelo estava claro, como se a cor tivesse desbotado há tempos, e mesmo assim estava lindo. Lindo como nunca estivera antes. Estava mais sério, mais confiante, esplêndido...

Durante esses anos, Ten não descartou a possibilidade de Taeyong ter um namorado ou namorada, afinal ele era incrível, não só fisicamente mas também em sua personalidade, só não imaginava que essa pessoa seria Jaehyun, o antigo amor de Johnny. Será que era o universo lhe pregando uma peça? Tipo "seu namorado foi embora e agora está transando com o ex do seu namorado! Hahahahah!". Era muito azar para uma pessoa só.

A volta deles para a Coréia era proposital, Ten sabia perfeitamente disso. Eles podiam muito bem ficar em qualquer canto do mundo, mas resolveram voltar para infernizar a sua vida e a vida de seu namorado, numa espécie de vingança. O que Ten não entendia, era o porquê de tudo aquilo. A despedida de Ten e Taeyong havia sido muito dolorida, mas não havia ressentimento entre os dois. Talvez com Johnny e Jaehyun, mas não com eles.

— Tome, vai te ajudar a se acalmar — disse Johnny, da forma mais doce possível. O chá tinha um ar doce e enjoativo, mas mesmo assim Ten o tomou, com as mãos trêmulas. — Eles não podiam ter feito isso com a gente.

— Eu não entendo — Ten deixou a xícara na mesa, com a cabeça baixa. — Eles estão com... com raiva de nós? Meu vínculo com Taeyong terminou tão pacífico, por que eles fizeram isso com nós?

— Jaehyun me deixou, sem mais nem menos. Nunca fiz nada pra ele, sempre fui o amante bobão que fazia tudo por ele, e ele foi tão cruel comigo. Continua sendo.

Nenhum dos dois conseguiam se encarar naquele momento. Um silêncio incômodo pairou no ar, sufocando Ten.

— Isso é ridículo! Nós somos namorados, e estamos tristes por dois caras do passado? Quem eles pensam que são pra fazer isso? Não precisamos mais daqueles idiotas, estamos juntos, é só o que importa!

A tristeza deu lugar a raiva. Ten praticamente gritava, com ódio da situação, com ódio de Taeyong. Decidiu de última hora que não deixaria nenhum dos dois atrapalhar sua relação com Johnny, não iriam estragar algo tão lindo e sincero como aquilo.

— Éramos bons demais pra eles, Tennie — disse Johnny, o abraçando. — Eu amo você, está me ouvindo? Nada vai nos separar.

— Eu também amo você, amo demais. Vamos ficar sempre juntos.

Infelizmente, nenhum dos dois tinha certeza nas palavras que diziam.

+++

— Por favor, Jae...

— O quê? Não ouvi direto.

— Jae, por favor... mais...

Jaehyun sorriu, um sorriso de pura satisfação e luxúria. Bem devagar, deu uma estocada em Taeyong, que gemeu baixinho.

— Mais uma vez, por favor...

— Jae...

Taeyong não conseguiu concluir a frase. Jaehyun começou a estocar mais forte, fazendo-o ofegar e gemer cada vez mais alto. Suas nádegas estavam vermelhas dos tapas que Jaehyun desferia nelas. A cama balançava de acordo com o ritmo, a cabeceira batendo na parede, mas não importava quanto barulho os dois faziam, ninguém os escutaria. Estavam na antiga mansão de Taeyong, e os funcionários estavam todos em seus aposentos. Estavam livres para fazerem o que quiserem.

Quando Jaehyun sentiu que estava prestes a gozar, saiu de dentro de Taeyong, jogou a camisinha usada em algum canto, e pediu para o outro abrir a boca. Taeyong prontamente o fez, sorrindo enquanto via Jaehyun suspirar de prazer. Adorava aquela inversão, onde ele era a putinha do namorado. Suspirava ao ouvir os xingamentos, gemia alto com os tapas e apertões, e sempre gozava quando havia a combinação das duas coisas. Jaehyun sabia do que ele gostava, e Jaehyun gostava de usar aquilo a seu favor.

Quando o primeiro jato quente de esperma atingiu a língua de Taeyong, ele pôs a pagar um último boquete a Jaehyun, que gemeu roucamente com o contato. Taeyong continuou a chupá-lo até a última gota sair de seu pênis, e engoliu todo aquele sêmen. Ele sorriu enquanto limpava os cantos de sua boca, e Jaehyun o puxou para a cama, o abraçando e o beijando.

Era incrível estar com Jaehyun, isso Taeyong não podia negar. Chega de foder em hotéis com vizinhos conservadores. Chega de adiar o inesperado. Chega de esperar por Ten Chittaphon. Agora, era ele quem ditava as regras daquela brincadeira.

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