7;; incômodo ;;7

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jjw;; o vento nas palavras,
a terra no olhar.
era um belo quadro para apreciar

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Somin estacionou o carro na frente da academia de dança e observou Jiwoo rir com uma garota de cabelos rosas, ela ficou imaginando se estavam a rir de alguma piada ou de algo estranho que tinha acontecido. Depois de um tempo, Somin desceu do carro e foi até elas, que conversavam na frente do prédio.

Depois de ter cumprimentado ambas, Somin já estava pronta para ir embora quando uma figura familiar surgiu na recepção. Ela não pode evitar ou esconder a expressão surpresa que tomou conta de sua face.

—Matthew? Meu deus, a quanto tempo!– ela exclamou, separando a sua mãe da amiga e indo para a frente do garoto, este que deixou o queixo cair e esbugalhou os olhos puxados. Aquilo era, no mínimo, chocante.

–Somin! O que faz aqui?– não sabia se a puxava para um abraço, um aperto de mãos ou do acenava com a cabeça; em todo caso, um aceno era simpático e reconfortante, por isso só meneou com a cabeça, sorriu, e colocou as mãos nos bolsos para aplacar a vontade de abraçá-la como nos velhos tempos.

–Eu que lhe pergunto! Você literalmente sumiu do mapa depois daquilo...– o tom de voz que a garota usava baixou e ela temeu ter tocado em uma ferida ainda aberta, fazendo arder e sangrar. Mas ela não queria fazer isso. Quando aquele acontecimento atingiu a todos, tudo o que ela queria fazer era proteger as pétalas frágeis que eram Matthew com todas as suas forças, mas ele se contraiu e se escondeu- transformando-se, assim, em uma semente que originaria um cacto.

Matthew gaguejou algumas palavras sem sentido, coçou a cabeça, olhou para seus pés e corou. Ele gostaria de evitar aquele assunto mais do que tudo, ainda mais do que uma conversa com seu pai (coisa que ele sentia repulsa só de pensar em realizar). Mas, por sorte, Jiwoo o impediu de responder àquilo:

–Somin! Vamos 'pra casa, eu estou molhada de suor!– se antes Matthew já estava começando a cogitar a ideia de formar uma amizade ou permitir a entrada de Jiwoo em seu mundinho, naquele momento a ideia se fincou com todas as forças em sua mente.

Na verdade, ela não estava lhe fazendo um favor, tampouco havia notado o desconforto presente em cada célula do garoto; ela estava muito concentrada em sua conversa com Kimi, esta que havia notado o desconforto mas decidiu que seria melhor para ambos (Matthew e Somin) que algumas coisas fossem esclarecidas.

–Ah, sim, claro!– Somin concordou, lançando um sorriso para Jiwoo, não com a intenção de que ela visse o sorriso acolhedor, isso era impossível, mas que boas energias fossem transmitidas a ela e a Matthew, já que logo depois de olhá-la sorriu para o Kim.

Ele retribuiu o sorriso, mas de uma maneira fraca e forçada, coisa que Somin percebeu e resolveu não comentar. Assim que ambas deixaram o estabelecimento, Matthew soltou o ar que sem sabia que estava segurando e deixou seus ombros caírem.

–Quem é essa? E por que você parece tão desconcentrado?– Kimi perguntou, preocupada com o semblante do amigo.

–Minha ex. História muito grande e complicada para explicar agora.– sorriu triste e ajeitou a mochila em seus ombros, pronto para a caminhada que o levaria até seu apartamento, esse era o objetivo inicial, pelo menos.

No carro de Taehyung, amavas as garotas afivelavam seus cintos e se preparavam para dar saída. Assim que ambas estavam confortáveis, Somin deu partida e saiu do estacionamento.

blind dancer [bwoo/taeso]Onde histórias criam vida. Descubra agora