O jeito correto de se conquistar uma garota.

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 Com a chegada na nova estação, novos sentimentos brotaram, exatamente como aqueles brotos que mais tarde se transformam nas flores coloridas

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Com a chegada na nova estação, novos sentimentos brotaram, exatamente como aqueles brotos que mais tarde se transformam nas flores coloridas.
Ainda assim, continuo o mesmo, apenas um pouco mais confuso do que algum dia já fui.
Havia me acertado com Florence, mas não da forma que esperava, e isso me causava um tremendo desconforto.

— Tudo bem, Vince. Eu te perdôo. — ela disse.

Não.
Eu não havia pedido perdão.
Repentinamente, tudo me pareceu errado. Comecei a questionar se ainda a queria de verdade, ou se apenas insistia naquilo por conta do meu orgulho ferido. Ela havia ficado com o meu primo, mas nunca havia me dado bola.

Não obstante, era a gargalhada dela que eu projetava quando queria me acalmar. Era o cabelo dela, derramado em meu travesseiro, que me fazia suspirar como um pateta. Era ela a garota que carregaria para sempre o título de meu primeiro amor.

— Vai continuar me encarando como idiota ou vai responder minha pergunta? — Noora estava parada a alguns passos de distância, com as mãos na cintura e um olhar penetrante. — Você ouviu o que eu disse?

— Não. — nada melhor do que a sinceridade. — O que você disse?

— Eu disse que eu tenho um manual. — continuo a encarando, transparecendo indiferença. — Um manual que ensina o jeito correto de se conquistar uma garota, e perguntei se gostaria de dar uma olhada.

Mas você é uma garota, Noora, e até onde eu sei, não fica com garotas.

— Era do meu pai, acredita? Ele me deu quando completei 12 anos de idade.

— E por que raios ele lhe deu algo assim? — contorço o rosto. — Eu não daria este tipo de coisa para os meus filhos nunca!

— E por que não? — balançando o corpo para frente e para trás, ela pendula sobre os calcanhares. — Você deveria abrir sua mente, Cents. Os seus filhos adorarão saber o que aprontou durante sua adolescência, e por isso precisa viver tal período intensamente.

— Eu... eu já vivo! — protesto.

— Oh, claro. — o sarcasmo de Noora já não me choca mais. — Eles vão adorar saber os tipos de aventura que conseguiu trancado dentro de um quarto, tendo como companhia apenas aqueles seu all star surrado e fedorento.

— Ele não é fedorento.

— E eu não sou loira. — ela pisca um dos olhos castanhos. — Você quer ou não quer ajuda? Com o manual do meu pai, poderá conquistar o local inabitável que é o coração de Florence.

Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Onde histórias criam vida. Descubra agora