O retorno de Doug Assustador Calliêr.

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Não pude ficar com Noora no hospital

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Não pude ficar com Noora no hospital.
Tia Violet chegou em casa desesperada, deixando todos nós ainda mais desesperados. Tive de ligar para os meus pais e explicar a situação, mas mamãe também entrou em pânico e mal me deu a oportunidade de dizer o que realmente estava acontecendo.

Em meu quarto, me coloco a pensar nos acontecimentos recentes.
Florence mexe cada vez mais comigo, Noora me arrasta de um extremo a outro sem querer, minha mãe anda mais ocupada do que antes e o meu pai continua não se importando tanto.
Bom, ao mesmo alguma coisa tinha que continuar normal, não é?

— Vincent? — a porta do meu quarto range. — Filho? Como está se sentindo hoje?

— Neutro? — a encaro por cima do ombro. — Eu não sei, mamãe.

Mamãe.
A palavra simplesmente escapou pela minha boca. Não consegui me conter.
A verdade é que eu sinto falta dela, sabe? Sinto falta de suas histórias, broncas e carinho. Sei que cresci, e que o ato de crescer exige muitas responsabilidade, mas às vezes eu só quero a minha mãe... e o meu pai.

— Violet me ligou. — ela se aproxima da cama, incentivando-me a deitar de costas para ela. — Noora acordou e passa bem. — sinto seus batimentos tranquilos contra minhas costas. — Vai receber alta ainda hoje. — sua mão macia toca meu cabelo.

Aí, mãe.
Se a senhora soubesse o medo que tenho de um dia acordar e não tê-la aqui.
Se a senhora compreendesse que você sem mim é mãe, mas que eu sem você não sou nada.
Se eu pudesse voltar no tempo e agradecê-la por cada ato pequeno que já fez por mim.

Já passou, filho. — seus lábios estalam em minha testa. — Ela vai ficar bem, meu amor.

— Foi estranho vê-la daquele jeito. — comento. — Noora sempre sorri, mãe. Ela sempre dança, comemora fora de hora, me arrasta de um lado para o outro e faz questão de dizer o quanto sou importante. Ela faz isso todo santo dia. — sinto minha garganta fechar. — O rosto estava super pálido, diferente do que costuma ser. Ela estava... tremendo muito, suando e eu pensei que fosse morrer.

— Mas não morreu. — ela me abraça. — Agora, o senhor trate de descansar. Foi uma noite turbulenta para todos nós.

 Foi uma noite turbulenta para todos nós

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Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Onde histórias criam vida. Descubra agora