Vigiai, pois o falso amor anda sempre à espreita.

1.2K 160 57
                                    

Ele foi o meu primeiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ele foi o meu primeiro.

Eu descobri que toda esta história de amor existia quando conheci Elliot, pois até então as únicas pessoas que eu amava faziam parte da minha família.

Vincent e o meu pai.

Eu seria um pouquinho mais triste se não os tivesse em minha vida.

— Vamos brincar de desafio e desafio. — Elliot é mais velho, e nossa diferença de idade sempre o tornou mais esperto do que o resto.

— Não seria verdade ou desafio?

Elliot era mais esperto do que o resto, com exceção de Vincent, que parecia competir com o primo diariamente quando o assunto era inteligência.

— Eu sei tudo sobre você, primo, e vocês dois sabem tudo um do outro. — o dedo indicador apontou nós dois. — E então? Podemos?

— Claro.

Nenhum garoto nunca havia me olhado daquele jeito. Eu havia acabado de adentrar a adolescência e descobri da forma mais fácil que eu não era exatamente... bonita.

Contudo, Elliot não parecia se importar apenas com aparência. Ele vivia dizendo que gostava de mim como eu era, e que enquanto pudesse, me manteria por perto.

— Eu me desafio a beijar você, Florence.

Meu coração, que até então se encontrava insatisfeito e em frangalhos, batucou dentro do meu peito. Parecia até o traseiro de um vagalume.

Eu me sentia linda e fatal.

— Isso não vai acontecer, Elliot. — Vincent costumava ser intrometido quando éramos crianças. — Ela é minha melhor amiga e...

— Vincent, venha aqui agora mesmo! — ouvimos os gritos da cozinha.

Vince não era um menino custoso, mas, por ser filho único, era sempre alvo de tudo de bom e de ruim que acontecia na casa. Gosto de pensar que isso o transformou no cara doce de hoje em dia, sabe? Ele aprendeu com as burradas da infância.

Eu não.

— Já vou, mãe.

Lembro-me que Elliot aproveitou o afastamento do primo para me beijar. Eu não reagi. Na verdade, achei bizarro e desejei que aquilo não voltasse a acontecer por muitos anos.

Digo, para quem nunca realizou o ato, é normal que sentir outra pessoa tão perto cause certo espanto.

E assim o tempo passou.
Elliot, acompanhando os ponteiros de um relógio, se tornou uma parte importante da minha rotina.

Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Onde histórias criam vida. Descubra agora