O armário dos casacos. Part.1

1.4K 187 86
                                    

Eu também não sei de onde tirei coragem para conversar com Florence

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu também não sei de onde tirei coragem para conversar com Florence.

Para falar a verdade, pensei que ela sairia correndo assim que eu me aproximasse, mas não foi isso que realmente aconteceu. O diálogo correu bem (muito melhor do que eu pensei que correria), e, assim que nos despedimos, senti um imenso alívio me preencher.

Me parece que as coisas estão voltando ao curso normal e me sinto incompreensivelmente grato por isso, afinal, não estava sendo fácil conciliar as crises diárias de insegurança com os outros setores da minha vida. Eu sempre me considerei independente, de forma que, diariamente, imaginava que me daria bem caso me afastasse dos meus amigos. Acho que me enganei, huh?

 Acho que me enganei, huh?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Noora Callahan é o meu pedacinho de felicidade.

Chega a ser impressionante a capacidade e a facilidade que ela tem para colocar um sorriso verdadeiro em minha boca. A palavra "nunca" deixou de existir no meu dia a dia, pois acabei realizando todos os fatos que prometi nunca realizar, e um deles foi acabar me apaixonando novamente. A ideia pode até soar absurda, mas só quem já sentiu algo assim vai me compreender.

Ela, com seu jeito maluco e levemente irritante de ser (sejamos sinceros, pessoal, Noora não se cala nunca), acabou me conquistando aos poucos... ou talvez aos muitos. Não posso dizer que toda a personalidade da loira me agrada, pois somos pessoas diferentes e às vezes batemos de frente. Ainda assim, é ao lado dela que desejo passar a maior parte dos meus dias.

— Por que você está me olhando desse jeito tão esquisito? – ela afasta o copo dos lábios, arrancando mais um de meus sorrisos ao ver o bigodinho de leite que se forma ali. – Falo sério, Vincent! Está me deixando constrangida.

— Desculpe. – desvio o olhar, arquitetando na mente uma forma de encará-la sem que ela perceba.

— Eu vi você conversando com a Florence. — Noora murmura e volta a tomar seu leite. — Sobre o que falaram?

Imagino que Noora esteja com ciúmes, mas isso logo passa. O meu eu interior fica sempre à espreita, esperando o momento em que eu vou tentar me colocar pra cima, apenas para me dar uma rasteira logo em seguida.

Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Onde histórias criam vida. Descubra agora