capítulo 5

21 3 0
                                    

De olhos fechados dou uma volta na cama adquirindo consciência de que já amanheceu, abro um pouco os olhos e noto que esta claro de mais.
Opa! Como assim?! Abro os olhos assustada.

Ana: por favor que eu não esteja atrasada.

Faço a minha prece, procurando o meu telemóvel por todos os cantos do meu quarto aproveitando pegar a minha roupa na busca.
Encontro o meu telemóvel ligado à corrente no canto ao pé da cama, pego ele em desespero, não tem carga, como assim ? Ligado na corrente sem carga? Não carregou, merda!
Coloco a carregar devidamente dessa vez e só saiu do quarto quando tenho a comprovação de que está carregando.
Vou para a cozinha ligar a máquina de café e aproveito olhar as horas no relógio que tem lá, provavelmente a Thaís chega daqui a ... -alguém bate a porta-... Agora, vou até a porta desfilando descaradamente como se não soubesse que a minha melhor amiga com o seu humor matinal iria quase arrancar a minha cabeça por eu estar atrasada, abri a porta deixando espaço para ela entrar depois dela ter se apercebido que eu ainda estava de pijama, se podemos chamar essa coisa de pijama.
Anotação mental: comprar um pijama novo e mais atraente no fim do mês.

Thaís: porque você ainda não está vestida?

Ela esbravejou.

Ana: meu despertador não tocou.

Dou de ombros como justificação.

Thaís: e posso saber que merda você ainda faz vestida assim, olha Ana, uma coisa eu te garanto, você não vai tomar banho agora, se quiser lave aí em baixo e nas axilas, escove os dentes e é melhor correr sé você não quiser que eu te deixe porque você sabe muito bem que até ao fim desse mês eu tenho a responsabilidade de chegar cedo para abrir o restaurante, porra Ana eu nem sei porque voltei a te buscar devia ir sozinha mesmo.

Thaís sempre foi muito mal humorada e resmungona, não importava a hora do dia e eu como ela costuma dizer: "podia cair um meteorito na minha cabeça que meu bom humor continuaria intacto" portanto corri para seguir suas ordens o mais rápido possível por que ir andando até ao serviço sozinha podia ser muito entediante.
Depois de ter o meu vestido florido no corpo e as minhas sandálias de cor rosa no pé fui ver minha mãe no quarto ao lado para me despedir, quando acordei por breves segundos estranhei o facto dela não me ter acordado também, geralmente ela não me deixava passar do tempo, provavelmente estava cansada também e resolveu dormir mais.
Entrei calmamente sem fazer barulho e fui caminhando até cabeceira da cama, baixei até onde ela estava para avisar que estava saindo.

Ana: mãe... mãe..

Chamei por ela. Pude ver ela abrindo os olhos lentamente enquanto resmungava uma resposta.

Ana: desculpa te acordar, vim ver como a senhora estava e também dizer que estou indo trabalhar, estou atrasada até.

Diná: esta bem minha filha, vai com Deus.

Sua voz saiu roca e cheia de sono. No momento comecei a me afastar e mandei um beijo no ar para minha mãe, fui em direção a cozinha onde estava Thaís bebendo café não antes sem pegar o meu telemóvel no meu quarto,já tinha 17% de carga, ela me entregou uma outra chávena, ao contrário da dela a minha continha chá verde quente que eu bebi o mais rápido possível.

Ana: podemos ir.

Falei enquanto colocava a minha chávena no lava louça e Thaís fez o mesmo, só que de maneira mais calma e ignorante como se o mundo podesse esperar por ela, isso é mais uma coisa sobre minha melhor amiga, ela não é lenta, ela trabalho da maneira dela mas nunca atrasa em nada, podemos ter o mesmo trabalho e o mesmo tempo para o concretizar vai sempre parecer que eu fiz a coisa mais rápido e que ela demorou um ano mas sempre acabamos por ter usado o mesmo tempo mesmo que parece que ela fez tudo em Câmara lenta e eu fiz tudo no speed, posso afirmar para vocês que eu sou muito atrapalhada mas pelo menos não desastrada como a minha amiga aqui, talvez seja por ela ser desastrada que adotou o método de fazer as coisas com calma para controlar a situação.
Seguimos o nosso caminho até ao nosso local de trabalho.
Contava para ela sobre o meu ex namorado mencionando que ele entrou para aquele grupo da vez passada e por isso é que se tinha formado aquele barraco todo com aqueles tipos, eles estavam insinuando coisas ao meu respeito que eram totalmente falsas e tentando passar a mão em mim.

Thaís: gente nojenta o Wilson e os amiguinhos armados em gangue.

Só podia concordar.

Claramente Thaís usou o seu tom de deboche, tinha quase a certeza que diferente de mim ela não sentia nojo por eles, ela simplesmente não ligava para eles porque eles não eram pessoas com que se preocupar, ela era mais do tipo de mandar se foder e esperar que o karma resolvesse os problemas, ela deixava tudo nas mãos do tempo pois sabia que ter raiva ou nojo ou o que fosse só iria prejudicar à ela, e eu concordo mas não tinha como ficar dessa forma quando o assunto era com alguém que ainda há meses era muito especial para ti, mas também não podíamos fazer nada a não ser que eles tentassem nos atacar, aí a gente podia partir para cima também, nesse caso eu e Thaís sabíamos bem que era o karma nos ordenando.

Havia uma grande quantidade de pessoas e bastante barulho,aqueles barulhos de sirenes, ao longe conseguia ver fumo quando estávamos chegando ao restaurante.

Ana: incêndio.

Falei como uma explicação.

Thaís: é um pouco óbvio.

Ela revirou os olhos.

Thaís: só gostaria de saber onde é...

Murmurou

Olhando bem eu só consegui correr até ao restaurante.

Ana: é o restaurante Thaís, corre.

Enquanto eu corria até onde estava o limite de passagem atravessado o mar de curiosos, Thaís estava bem atrás de mim caminhando a passos largos...

Aviso rápido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Todos os capítulos que posto não são revisados, tudo feito na hora.
Não tenho dia específico para postar.
E outra é não sei se vocês gostam dos capítulos assim curtos ou não mas estou tentando dar o meu melhor.
Espero que estejam gostando do desenrolar da estória.

No topo temos o que eu imagino ser Ana, seu nome real é: "Georgia Gibbs".

Desempregadas Onde histórias criam vida. Descubra agora