13| Poder das trevas

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O silêncio se fez presente na cela úmida e suja, tudo que eu queria naquele momento era gritar com todas as minhas forças com aquele homem, aquele ser nojento e repugnante, que apenas em poucas palavras me fez sentir ranço dele. 

Eu não podia fazer isso. As palavras de Jhully mais cedo me faziam agora repensar todas as minhas ações. Eu já não podia mais agir por impulsividade. Tinha que tomar cuidado, querendo ou não ele era o rei. 

Eu tinha um plano, bem, parte dele. Em uma fase sua consistia em quebrar as minhas correntes e me jogar nele, mas iria falhar na primeira oportunidade. 

Eu tinha que pensar em algo. Por que não saber logo oque ele fez? 

— Você está perdendo tempo. — Falei chamando-lhe sua atenção. — Eu não ligo para oque você fez, ou oque vai fazer com seu filho. — Sorri no final para mostra-lo que ele veio até aqui de trouxa. 

— Você acha que eu iria perder meu tempo falando isso para você? — Meu sorriso desapareceu quando ele pareceu está a um passo a minha frente. — Garoto, você está muito enganado. Eu só preciso de você para isso tudo continuar. — Ele diz perverso, finalmente contando seu plano. 

— Oque você está pretendendo? Me casar com ele? Me manter preso? Me fazer de servo como fez como a Jhully, só por que não conseguiu oque queria?! 

— Não, garoto, você vai fazer muito mais. — Ele sorri. — Eu estou prestes a morrer, a deixar esse corpo. E se eu for, meu poder irá com ele, e eu não posso deixar isso acontecer. 

— Oque você-.. — Ele me interrompe aumentando a voz. 

— Eu vou lhe explicar em um resumo rápido: Eu controlo o Jimin, há décadas. — Ele diz em uma fala curta e grossa.

Antes de tudo...

— Elizabeth! Você tem que entender que o nosso filho é um frouxo! Um vampiro bairro que não sabe se virar sozinho! — O tom da voz se eleva ecoando pelo quarto. A mulher, de cabelos prateados e longos se vira ao ouvir tais palavras, em seus olhos, lágrimas caíam sem parar. 

— Pare com isso! Você não pode falar assim, do meu filho! Do meu Jimin! Já basta você querer que o menino seja como você, alguém sem coração, sem sentimentos! Eu não quero isso para ele.. — Ela diz enquanto abaixa a cabeça. 

 É assim que ele tem que ser. — O rei segura os ombros de sua esposa obrigando-a olhar para ele. — Ele vai ser rei! Ele não pode ser um mole, como você! Eu vou fazer oque é melhor para ele! Você querendo, ou não. 

A rainha ainda tenta ir atrás dele, mas o mesmo desaparece nas sombras da floresta proibida, e sem ter oque fazer, ela desaba em lágrimas, caindo em um mar de tristeza. 

Enquanto isso, o rei passou dias na floresta, procurando magias e feitiços para "curar" seu filho. Mas apenas ele via aquela imperfeição, pois seu coração já estava tão cheio de trevas e escuridão que já não via mais a luz. 

Até que certa noite, encontrou um velho vampiro, que o falou de uma magia das trevas, e que só ela poderia lhe ajudar no que queria. O rei ficou total satisfeito em saber do feitiço, e tudo que ele precisava era chamar um demônio. 

Ele, cego pela sua ambição e orgulho, leu as palavras do livro maldito e consegiu conjurar o monstro. 

— Oque você quer, ser inferior?  — Falou o demônio dentro de chamas. 

— Eu quero o poder, demônio, o poder para que eu possa tornar o meu filho um verdadeiro vampiro! — Ele fez seu pedido ao ser que riu de deboche. 

— Você é arrogante e ambicioso, um típico homem que apenas pensa em seu nariz, e assim, você sofrerá as consequências para conseguir o poder. Sempre que renovar o poder em seu filho, você perderá uma parte da sua imortalidade, até morrer como um humano. E esse será o seu maior pecado. 

As palavras foram ditas, e o rei sem hesitar aceitou o feitiço em si, e o demônio desapareceu do jeito que apareceu na floresta. As passar dos minutos ele começou a se sentir cada vez mais forte, como se algo se apoderasse do seu ser, até que ele soube que tinha conseguido oque queria. O poder das trevas, o poder que seria seu maior pecado. 

Quando ele finalmente voltou para o reino, descobriu que Elizabeth, tinha se suicidado, por culpa sua, apenas aumentando sua vontade de tornar Jimin uma marionete. 

Presente.. 

— E agora depois de todo esse tempo, minha hora finalmente chegou. Não vai ser isso que vai me impedir, por que eu posso passar isso para quem eu quiser. E você vai me ajudar. 

Ele chegava cada vez mais perto, e a cena do dia que me tornei vampiro me lembrou que isso já me aconteceu. Eu balançava as correntes excitante, elas não quebravam, eu estava preso ali. 

Até que eu senti seus dentes perfurarem minha garganta dolorosamente, enquanto meu corpo ia adquirindo aquele poder que eu tentava rejeitar. 

Continua... 

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