Vampires \\ jjk + pj

16| Passagem secreta

Os passos pesados de Jhully pelo corredor me alertaram que ela já estava na porta em segundos. Sentia minhas mãos trêmulas e meu corpo todo se arrepiar constantemente, minha mente estava deveras bagunçada.

Eu não conseguia entender oque se passava nela, eram pensamentos e frases sem nexo algum, me causando tonturas e ânsias.

- Jimin, como você está? - perguntou se sentando ao meu lado.

- Nada bem, Jhully.. isso nunca aconteceu comigo, e-eu não sei oque fazer.. Estou com medo..? - lhe expliquei mais preocupado que ela, terminado a última frase sem saber ao certo oque queria dizer.

Por alguns segundos ela pareceu se espantar com minhas palavras inofensivas.

- T-talvez você só esteja abalado! - respondeu sem certeza. - melhor descansar, tudo bem?

Balancei a cabeça em acordo com sua proposta, mesmo com o diálogo ela pareceu desconfortável com a situação. - Se quiser, pode ir. - comentei, e logo ela se levantou se despedindo.

O quarto se fez vazio, e o silêncio tomou conta do ambiente, me deixando pensativo, algo me incomodava, eu sentia algo estranho em mim. E eu sabia quem poderia me ajudar.

***

Jhully não brincou quando disse: "A pior cela do castelo". Talvez fosse a pior do reino, e não só por questão de higiene, mas sim pela segurança que continha nela. As barras eram feitas de aço puro, - descobri quando toquei-as, e de brinde a dor incalculável nas mãos. A sensação era a mesma de que algo queimava á mil graus em sua mão, ou qualquer parte do corpo que aquilo lhe encostar-se.

Dava socos na parede insamente, novamente eu estava em uma cela! Quando eu ia ser livre novamente?!

O sangue escorria lento pelo meu braço, eu aguentava a mínima dor que sentia, aquilo não era nada, descobri também que com aquele "demônio" dentro de mim, eu tinha alcançado poder equivalente de um vampiro que nasceu já vampiro para minha "sorte". Eu não me sentia privilegiado naquilo, não queria é nunca quis tais poderes, aquilo era demais, era capaz de.. derrotar um exército inteiro.

Direcionei o olhar para minhas mãos novamente, e como esperado estavam intactas, e esse fato me recordou uma lembrança.

Antes que eu pudesse acerta-lo novamente, sua mão segura meu punho, apertando-o, eu tentava solta-lo e até que ouvi um estalo.

Ele tinha quebrado minha mão.

E quando senti seu soco se chocar contra meu rosto, me jogando para as escadas, percebi o braço que eu havia quebrado, já tinha sarado. Ele era forte, e tinha um poder de regeneração muito melhor que o meu. Percebi isso ao ver que minhas feridas estavam se curando lentamente, enquanto ele parecia intacto. Ele veio até mim e me chocava contra o chão diversas vezes até o piso de mármore se quebrar.

(Flashback, cap.9)

Seria agora então que eu estava igualmente apto á lutar com Jimin?

Choquei-me contra a parede ao ver uma cena extraordinária:

Uma porta, com certeza uma entre da secreta, tinha acabado de se abrir na minha frente, e saindo do local escuro, apareceu Jimin, com um lençol lhe cobrindo enquanto sorria para mim.

- Jungkook! Eu estava procurando você! - ele diz exuberante ao me ver, e logo apoiou o lençol nos ombros, como se estivesse tremendo de frio. - Tive que olhar todas as entradas secretas para achar essa cela, nossa! Você é difícil de achar em? - comentou fechando a porta atrás de si, e a maçaneta que lhe abria desapareceu junto com ela.

- Jimin? - tentei associar tudo que estava acontecendo em palavras, mas minha mente estava prestes á explodir. - Espera, oque está fazendo aqui? Desse jeito? - disse, me referindo aos seus trajes e o modo como falava.

- Eu não estou muito bem.. - falou em um tom melancólico. - Estou sentindo coisas estranhas.. - tentou explicar enquanto me analisava. - E então.. me lembrei de você, mas não entendo por que. Me veio aquele cheiro doce que senti a primeira vez que te conheci, sabe?

Ele falava como se fôssemos tão próximos, que aquele que estava ali em minha frente, não fosse o mesmo homem com quem convivi essas semanas.

- Jimin e-eu.. - e mais uma vez às palavras me falharam, oque eu iria lhe dizer? Nunca tive tal diálogo com ele. Nunca tivemos nada, além de uma rivalidade.

Ele se calou junto á mim, e quando pensei que fosse se afastar e voltar de onde veio, o mesmo fez exatamente o contrário, correndo até mim e me prendendo em um abraço quentinho com eu lençol e braços.

Oque eu tenho que fazer?! Oque está acontecendo?!

Minha cabeça vai entrar em pane! Vou acabar tendo um treco se isso continuar!

Eu deveria abraça-lo de volta? Afasta-lo? Ou só ficar parado?

Involuntariamente meu corpo se decidiu só, e tracei em volta do seu pescoço meus braços, já que era mais baixo que eu para isso. Ele não pareceu achar ruim, ou discordar, apenas ficou lá.

Junto á mim.