|Capítulo 6|

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Depois do Luke me ter obrigado a ir à casa de banho com ele, saí de lá toda dorida, se já me doía de manhã então agora ainda estava pior. Se não começasse a atinar, não ia conseguir passar um dia que fosse sem dores em alguma parte do corpo.
Ele tinha provavelmente ido ter com os amigos, e portanto ia aproveitar isso para ir levar o Ashton à enfermaria, pois ainda ninguém  o tinha ido buscar, já que era proibido estar naquela parte da escola, por isso ainda não o tinham visto sequer.
Arrastei-o o máximo que pude, até um sítio visível, onde eu, se estivesse a passar visse que ele estava lá atrás caído mas não implicasse que eu tivesse estado lá atrás, um castigo por ter estado num sitio onde não podia estar era algo que não me dava jeito no momento, duvidava que o Luke fosse ficar contente.
Ao entrar na enfermaria disse à senhora que lá estava sempre o que tinha visto passar por ali, ela ficou logo preocupada mas também surpreendida, aquilo não costumava acontecer frequentemente pois todos os problemas eram tratados fora da escola. Depois de chamar uma ambulância, fomos para o sítio onde e ela meteu uma mão ao peito ao ver o Ashton naquele estado.
“Não tens de ficar aqui mais, querida. Vai para casa, deve ter sido chocante para ti”
“Não posso, tenho teste a seguir, tenho de o fazer”
Ela concordou, não podia faltar assim a um teste. Fiquei ali com ela até a ambulância chegar, por essa altura tocou e eu tive de ir para a aula, o Luke estava à porta da sala, obviamente à espera que eu entrasse.
“Onde estiveste?” perguntou ele mal pôs os olhos em mim.
“Na enfermaria” isto causou os seus olhos a suavizarem, já não estava a olhar para mim de forma tão dura e fria, penetrando-me com o olhar.
“Porquê? Aconteceu alguma coisa?” fiquei a olhar para ele com cara de parva provavelmente pois de repente ele percebeu “magoei-te?”
“Não” respondi sarcasticamente revirando os olhos. Toda a preocupação no olhar dele desapareceu num milésimo de segundo.
“Não me revires os olhos e não fales assim comigo”
Antes que eu pudesse responder, o meu professor chegou-se ao pé de nós, as mãos dele estavam a tremer e a cabeça dele estava baixa, também tinha medo do Luke.
“Menina Cooper, tem de entrar na sala”
“Sim, vou já” Respondi conseguindo ser mais rápida que Luke. Dei-lhe um beijo e entrei na sala, ao sentar-me as dores gerais que tinha no corpo intensificaram-se e mandei-lhe umas pragas por isso. Comecei o teste tentando ignorsr toda a dor que sentia e concentrar-me.
No final, o teste até tinha corrido bem para quem não tinha sequer pegado nos livros nos dias anteriores. Depois de arrumar os livros no cacifo decidi ir para casa a pé, mandei uma mensagem ao Luke a pedir para ir sozinha e ele respondeu que podia ser mas que ia depois a minha casa ver se estava tudo bem. Era impressionante o facto de eu ter chegado ao ponto onde tinha de pedir autorização para ir sozinha para casa, sentia-me como uma criança outra vez.
Saí da escola pondo os meus fones e começando a andar para casa, decidi ir por um atalho, se demorasse muito tempo o Luke iria ligar-me e mandar-me mensagens até estar à frente dele sã e salva, como se algo me pudesse acontecer durante 10 minutos de caminhada.
De repente sinto-me a ser empurrada contra uma parede por um homem de capuz que lhe tapava a cara toda, as minhas mãos são presas em cima da minha cabeça por uma mão e a minha camisola foi levantada com a outra. Queria gritar mas ele pôs uma meia na minha boca e por isso nada saia, apenas gritos abafados. Ele continuou, tentei mexer-me mas tudo parecia impossível pois ele era demasiado forte. Quando me estava a tirar as calças parou de repente pois foi projetado para o chão.

Yours | l.h. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora