Engoli em seco e tentei fingir que não sabia de nada, continuando o que estava a fazer.
“Não sei, deve ser impressão tua”
Ele não disse nada, o que me deixou ainda mais inquita e preocupada. Ele não tinha mudado, tinha a certeza disso, mas o facto de ainda não ter explodido já significava alguma coisa.
“Onde é que foste?” perguntou ele largando-me e encostando-se à bancada ao meu lado, pela minha visão periférica via-o, os seus bracos estavam cruzados e olhava atentamente para mim com o maxilar cerrado, deixei o meu cabelo criar uma curtina entre nós e não fazer o seu olhar tao intenso sobre mim.
“Já está pronto, come” Pousei a comida na mesa e esperei que ele se sentasse, ele não o fez, olhei para ele e os seus olhos ainda estavam fixados en mim, observando cada movimento meu.
Aproximei-me dele com medo, como se ele fosse um cão zangado, podia morder-me a qualquer altura se fizesse movimentos repentinos. Parei à frente dele e pousei as maos nos seus braços, sentindo os músculos fletidos por baixo delas.
“Não tens de te preocupar, eu não fui a lado nenhum de importante”
Ele descruzou os braços e apoiou as duas mãos em ambos os lados da minha cintura sem apertar, o que era um bom sinal, encostando o meu corpo ao dele, aproximou a boca do meu ouvido e falou entredentes.
“Onde é que foste?”
Não respondi logo, o que bastou para que os seus lábios espalhassem beijos molhados e demorados no meu pescoco, encontrando rápido um ponto que fez a minha respiração acelerar, ele conhecia-me demasiado bem. A sua mão subiu, por dentro da minha camisola até ao meu peito. Não fui capaz de o parar, afinal de contas, eu não queria que ele parasse, ele sabia bem o que estava a fazer.
Pressionei mais o meu corpo ao dele com a ânsia de mais contacto mas ele afastou-me, tirou a mão de dentro da minha camisola e olhou-me nos olhos.
“Onde é que foste?”
“A casa do Ashton”
Sentou-me à bancada e tirou a minha camisola sem dizer mais uma única palavra, voltou a colar os seus lábios ao meu pescoço e traçou um caminho de beijos e chupões desde aí até ao vale no meu peito. A sua mão entrou nas minhas calças e não perdeu tempo em desviar as minhas cuecas, mas, tão rápido como começou, ele parou, afastando-se e sentou-se na mesa a comer o que lhe tinha feito enquanto olhava para o telemóvel, deixando-me ali a olhar feita parva para ele.
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Yours | l.h. ✓
FanfictionPara muitos, o som da campainha a tocar significava liberdade, ao fim de mais um dia de escola iam para casa e sair daquela prisão, para mim, apenas significava sair de uma prisão e ir para outra, da qual não havia escapatória. "Eu sou o único que p...