Peguei na sua mão e puxei-o para dentro de casa sem lhe responder, estava mais preocupada com o facto de ele estar todo encharcado e de não querer que ele ficasse doente. Era realmente verdade, a mão dele envolvia quase completamente a minha e o contraste entre o áspero das suas mãos e o macio das minhas era perfeito. Levei-o para a casa de banho e sentei-o no tampo da sanita, ele olhou para mim atentamente enquanto eu pegava numa toalha e começava a secar-lhe o cabelo que pingava assim como o resto da sua roupa. Ele encostou a cabeca ao meu peito abraçando as minhas pernas, sorri um pouco largando a toalha e passando a mão no cabelo loiro que eu tanto amava. Ele olhou para mim como se eu fosse uma obra de arte, com admiração e adoração, os seus olhos brilharam como não brilhavam à dias, passei a mão no seu cabelo tirando-o dos olhos, ele sorriu e puxou-me fazendo-me sentar no seu colo.
“Tive tantas saudades tuas…” disse ele escondendo a cara no meu pescoço, as suas mãos percorreram as minhas costas acabando por pousar no meu rabo. Eu estava desconfortável, não que eu não quisesse estar assim com ele, mas havia algo que não estava certo, tínhamos discutido, ele tinha-se ido embora e agora estávamos assim como se nada tivesse acontecido, mas não fiz nada, mantive-me quieta com medo do que ele pudesse fazer.
“Também tive saudades tuas”
“Mesmo? É que pelo que me disseste fiquei com a sensação que já não me amavas” começou a deixar beijos leves no meu pescoço, mas o suficiente para me por alerta, ele queria-me distrair.
“Não, Luke, eu amo-te”
“E és minha?”
“Sim, Luke, sou tua” senti-o sorrir contra a sua pele, o piercing do seu lábio fazia-me arrepiar ainda mais e se não o parasse agora sabia onde isto ia acabar, e eu não queria isso, não podia arriscar, era impossível ele poder mudar em apenas uma semana. Com calma afastei-o e levantei-me.
“O melhor é tomares um banho quente, não quero que fiques doente”
Afastei-me um pouco apesar das suas tentativas para que eu me mantivesse ali e liguei a água, esperando que ficasse quente, olhei para ele, que estava parado a olhar para mim, eu ri-me.
“Talvez se te despires dá mais jeito?”
Ele sorriu meio envergonhado, numa atitude muito diferente do Luke a que eu estava habituada, talvez porque recebeu o seu primeiro “não” mas não sabia o que habia de pensar disso, decidi aproveitar aqueles momentos, e enquanto ele se despia fiquei a olhar para ele, nunca me iria habituar ao quão perfeito o corpo dele era. Depois de despido ele entrou na banheira e eu fui pôr as roupas dele a secar, fui ao meu quarto buscar uma sweat e uns boxers que ele tinha deixado para quando viesse cá não ter de trazer roupa.
Quando voltei ele estava já à minha espera, com uma toalha enrolada à volta da cintura. Dei-lhe a roupa para a mão e fiquei a observá-lo enquanto limpava o cabelo, olhou para mim pelo espelho e quando o seu sorriso atrevido se comecou a formar soube que ele estava de volta, corei e olhei para outro sítio quando ele começou a desenrolar a toalha que estava à volta da sua cintura, aproveitei e voltei a sair da casa de banho, indo desta vez para a cozinha fazer alguma coisa quente, estava tão concentrada em fazer tudo na perfeição que nem reparei quue ele tinha entrado na cozinha. Apenas dei conta da sua presença quando os seus braços se enrolaram a minha volta por trás e o seu queixo pousou no meu ombro. Tinha a certeza que, mesmo se estivesse a nevar, eu iria derreter nos seus braços na mesma.
O seu nariz traçou o meu pescoço e os seus lábios encostaram-se ao lado da minha cabeça deixando um beijo leve. Encostei-me ao seu peito respirando fundo e fechando os olhos, sentia falta de estar com ele assim, no entanto, a minha respiração ficou presa na garganta quando os seus braços me apertaram ligeiramente e ele cheirou o meu cabelo um pouco mais profundamente do que seria normal. Sabia perfeitamente o que tinha acabado de acontecer.
“Porque é que cheiras a homem?”
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Yours | l.h. ✓
FanfictionPara muitos, o som da campainha a tocar significava liberdade, ao fim de mais um dia de escola iam para casa e sair daquela prisão, para mim, apenas significava sair de uma prisão e ir para outra, da qual não havia escapatória. "Eu sou o único que p...