Capítulo 6

5.4K 435 166
                                    

Emma

Sabe quando você quer que o tempo passa devagar, mas é aí mesmo que ele passa voando? Pois é, meu fim de semana passou de jato! Agora estou eu aqui quase tendo um infarto de tanto nervosismo. Meu pai já tentou me acalmar, mas é impossível. Eu só vou me acalmar depois que matar um ser de olhos verdes. E falando nele, o infeliz passou todos esses dias me perturbando pra falar que música eu ia cantar. Eu não disse absolutamente nada. Só que ia ser um dueto, o que o deixou ainda mais curioso. Isso é pra aprender a nunca mais fazer isso comigo.

   - Pronta? - meu pai pergunta.

   - Não! Acho que vou ter um treco bem em cima do palco. - disse fazendo meu típico drama.

   - Você vai se sair bem. Vamos é a nossa vez. - Disse pegando o violão e me entregando.

De longe vejo os rapazes responsáveis pelos instrumentos já posicionar tudo em seus devidos lugares. A diretora, eu acho, anuncia nossos nomes. Respiro fundo e ... OOUUU! Quanta gente! A escola toda deve estar aqui. O  engraçado é que na sala de aula todo mundo dorme, mas pra ver a vergonha alheia ficam igual criança olhando pra doce.

Olho para a multidão e logo localizo o ser responsável por tudo isso,  rindo da minha cara. Sussurro um "eu vou te matar", e ele? só rir ainda mais.

Me sento no branquinho que colocaram e posiciono meu violão. É agora! Olho para o meu pai e com um sinal de positivo, iniciamos a nossa apresentação. (Música da mídia)

Durante toda a apresentação,  fiquei de olhos fechados. Não sei explicar, mas ajuda. Ao finalizarmos, uma chuva de palmas começou. Agradeço e já ia descendo do banco, quando meu pai inventou de falar.

   - Obrigado! Mas eu queria cantar uma última música com minha filha. Nós sempre fazíamos isso, mas um tempo pra cá paramos. E queria aproveitar essa oportunidade pra matar a saudade. O que me dizem? Podemos? - arregalei os olhos. Meu pai tá louco só pode. Enquanto eu quase infartava, de verdade dessa vez,  todos gritavam, coisas do tipo "Claro", "Uhuu", " Mais um, mais um..." ... E devo acrescentar que o cara que mais odeio no momento estava que nem um louco gritando e rindo. Eu ja disse que vou matar ele? Ótimo!  Lhe joguei um olhar mortal, o desgraçado só sabe rir da minha cara. Olhei para o meu pai e ele me esperava. Sussurrou o nome da música que era a See You Again. Agora entendi porque ele queria tanto ensaiar essa música. E começamos de novo.


Me assustei quando todos nos aplaudiram DE PÉ! Agradecemos e sai logo, antes que meu pai tenha uma  de suas idéias.

   - Quando falei pra você fazer aquilo, não sabia que era tão boa. Parabéns! - é agora que esse ser morre.

Me viro pronta para bater, mas me deparo com uma rosa.

  - O que é isso? - pergunto surpresa. Ele analisa a rosa por um tempo.

  - Acho que é uma rosa! - rimos

  - Idiota. Quero saber porque tá me dando isso. Não pense que eu vou esquecer que tudo isso é culpa sua e que ainda não vou te matar.

  - Não. Eu não esqueci. O olhar que você me jogou lá de cima deixou isso bem claro. Só quis fazer um agrado. E talvez amenizar meu sofrimento. - rir da cara que ele fez e agradeci pelo "agrado".

O coração de um Quarterback - Triologia Amores [ LIVRO I ]Onde histórias criam vida. Descubra agora