Emma
Assim que terminamos de estudar, Scott se ofereceu pra me acompanhar até em casa. Já que, segundo ele, eu estava sobre sua responsabilidade, então ele tinha essa obrigação. Claro que não acreditei, mas tudo bem.
- Onde é sua casa?
- Calma! Estamos chegando. Falei que não precisa vim, mas você é teimoso.
- Eu não estou cansado nanica. - disse rindo. Lhe dei um soco fraco no braço e ele riu mais ainda.
- Então por que perguntou onde é minha casa se não está cansado?
- É que ... - não o deixei terminar.
- Chegamos! Apontei com os braços para a casa branca com um jardim florido a nossa frente.
- É sério? - abriu um sorriso debochado - Então acho que somos vizinhos nanica. Minha casa é aquela ali. - apontou para uma casa com uma mistura de marrom e branco. Linda!
- Não acredito! Além de ter que te aturar na escola, vou ter que te aturar como vizinho também? - disse de um jeito brincalhão.
- Como é que é? - ele vem em minha direção com cara de quem vai aprontar.
- Scott para! Olha é brincadeira cara! Não sabe brincar não? - disse e ele se aproxima mais agora com um sorriso travesso. - Scott estamos no meio da rua. Você não é doido de .... - não consigo terminar. Ele me pega e me coloca nos ombros como seu eu pesasse menos que um saco de arroz. - Eu vou grita. Me solta Scott!
- Só se você disse o quanto me ama.- eu não acredito nisso.
- Não! - grito e começo o estapear na costas.
- Tá bom. Ei ... Acho que sua mãe tá vindo. - aí caramba! O que será que minha mãe vai pensar se me ver assim? Droga!
- Ok .. Ok. Faço o que você quiser, mas me coloca no chão. Me costas já estão doendo. - em menos de um segundo sinto novamente o chão. Ah! Como é bom ter a sensação de estar segura. Mas aí eu lembro de uma coisa.- Você não disse que só me soltaria se eu eu disse que te amo? - ele assentiu - Eu não disse.
- Eu sei. Isso você vai me falar por livre e espontânea vontade. Não hoje, mas algum dia. - disse convencido. Apenas rir.
- Então o que você tá aprontando?
- Tem um show de talentos na escola. Você vai se inscrever e vai cantar uma música. - O que? Esse garoto tá louco! Só pode.
- Você é louco? Claro que não. - Ele ameaça me pegar de novo - Ok. Ok. Só não faz mais isso. Dói! - rimos. - Quando vai ser?
- Segunda. - arregalou os olhos.
- Mas é daqui a poucos dias! - digo exasperada.
- Eu sei. - diz, me dá um beijo na testa e sai. - até mais nanica. - eu vou matar esse garoto.
Entro em minha casa e quase morro do coração quando vejo minha mãe sentada na escada.
- Que susto mãe! - ponho a mão no coração.
- Tá devendo é? - ela diz debochada. Revirou os olhos e vou pra cozinha beber um pouco d'água. - Ele é bem legal né? - Quase engasgo com a água. - Calma minha filha! - diz rindo.
- Huuum que cheiro bom! A comida já vai sair? Tô morrendo de fome - mentira. Só estou tentando disfarçar.
- Eu estou fazendo café, não comida. Nem tente disfarçar mocinha. Eu vi vocês lá fora. Na verdade, quem não viu?! Você gritava como uma louca. - disse rindo da minha cara. - Por isso nem sai. Se me perguntassem, você não era minha filha. - disse rindo mais ainda. Já eu estava chocada com minha mãe.
- Sentindo vergonha da sua própria filha? - digo fazendo drama - E por isso não saiu pra me ajudar? Nossa! Obrigado mãe! - rimos. Não tem como não rir com as loucuras dela.
- Não sai daqui porque vi que estava muito bem acompanhada. E nem tente negar, você gostou. Pode tentar enganar quem você quiser, mas sua mãe aqui você não engana. Acha que eu não percebi os olhares trocados na sala de aula?- Arregalei meus olhos, como se fosse possível. - É ... tá por fora minha filha! Só não deixa seu pai saber disso. - rir.
Após uma longa conversa com minha mãe sobre vários assuntos, inclusive o show de talento que aquele filho da mãe tá me obrigando a participar, fui para meu quarto tomar um delicioso e relaxante banho. Me visto, pego meu violão que já a muito tempo não toco e sento na cama. Que música vou cantar? Até que uma vem em minha cabeça.
Depois de algum tempo ensaiando, desço para comer algo, pois já estou faminta.
- Mãe a janta vai demorar? Tô com fome. - digo fazendo cara de sofrida.
- Não. Só mais uns minutinhos. Aliás, a música estava muito boa. Mas por que você não canta um dueto?
- Com quem? - ela me olha com um sorriso malicioso - Não, nem vem!
- Eu ia dizer seu pai. - diz se fazendo de inocente.
- Ata. Acredito.- rimos - Pode ser. Tem um bom tempo que não fazemos isso juntos.
Meu pai e eu, sempre cantávamos juntos. E foi ele quem me ensinou a tocar violão. Sinto saudades dessa época. Hoje ele mal para em casa. Não o culpo, pois ele tem uma responsabilidade enorme com o time. Tenho pena dos garotos quando ele voltar. Vão sofrer o dobro.
- Vou ver com ele. - digo por fim.
Após a janta. Fui para o meu quarto e como sempre fiquei até tarde lendo.
Acordei com o despertador gritando no meu ouvido. Aí como eu odeio esse treco! Tomei um banho pra despertar e me vestir. Tudo na maior preguiça. Como pode ver o ninho não ajudou em nada. Desci e pra minha surpresa encontrei meus pais na mesa tomando café.
- Bom dia! Achei que só voltasse amanhã. - digo abraçando meu pai.
- Ainda bem que consegui voltar antes. Odeio ficar longe de vocês. - eu e minha suspiramos um "aaww" e ele revirou os olhos.
- Pai... - digo meio hesitante, pois não sei se ele. Vai aceitar. Afinal de contas ele trabalha muito. - Eu vou participar do show de talentos da escola, e queria saber se o senhor poderia cantar comigo.- digo e olho pra baixo.
- Claro! Que música? - sério? Ele aceitou? Pulo em seu colo e o Abraço forte. - Calma pequena! - diz rindo.
Marcamos de ensaiar a noite, quando era certo de estar todos em casa. Terminamos o café e seguimos para mais um dia de aula. Mais um dia, menos um dia!
Gente eu amo o Scott! E sobre essa apresentação ... que música será que eles vão cantar?
No próximo capítulo vocês saberão! Só digo uma coisa ... É linda! ❤Bjos e até o próximo!
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O coração de um Quarterback - Triologia Amores [ LIVRO I ]
Genç KurguÚltimo ano no West High School. Novos professores, nova aluna, novos sentimentos. Scott Baker é o Quarterback da escola, o popular, mas apenas seu amigo Henry, conhece o verdadeiro Scott. Seu poblema com os seus pais, um passado pesaroso, o deixam f...