Kai deixaria a pequena cidade de Metairie em direção ao Aeroporto Internacional de New Orleans - Louis Armstrong em Kenner .E de lá partiria a seu destino .Se pudesse iria com seu Alfa Romeo , teria tempo e privacidade para resmungar e colocar para fora em forma de palavras a sua indecisão sobre partir de repente para a Bulgária , que não havia sido uma decisão ponderada , talvez a mais precipitada que já teve .
Deixar Verena agora a faria ficar mais calma ? Ou só alimentaria a sua concepção de que ele estava mentindo e enlouquecendo?
Essa dúvida o prendia , mas ele não suportaria deixa-la para trás e fingir que nunca a reencontrou e menos ainda simplesmente voltar a conviver com ela da maneira que estava , o tratando como um estranho , sem a menor noção de tudo que tiveram juntos .Sua unica opção era lutar para ter novamente a garota que conheceu a mais de 20 anos .
Ele puxa uma mala velha que estava jogada embaixo da cama, joga algumas peças de roupa , e no instante em que iria fecha-la , instintivamente olha para o cardigan champagne de Verena que estava em sua cama .
Ele não poderia ir para tão longe e deixar para trás a lembrança mais viva e recente que tinha dela.Não conseguiria , seria capaz de voltar só para busca-la .
Então ele recolhe o casaco , o dobra e o guarda , com tanta ternura que parecia estar tocando na própria Verena .
Ele fecha a mala , ainda indeciso , mas sabia que se dependesse de sua certeza para ir em busca da unica coisa que traria sua garota de volta jamais o faria.
O céu estava num degradê azul e laranja , a manhã mais linda que ele ja vira, um dia perfeito para tomar decisões solenes .
Pensou em fazer uma breve visita a causadora de toda essa confusão , mas temeu que naquele horário a bruxa original já estivesse acordada, preferiu zelar pela sua vida , ele seria importante agora.Mas não poderia partir sem deixar a ela uma espécie de breve adeus.
Verena estava a horas parada , com o olhar vidrado em ponto nenhum , parecia estar pousando para uma pintura , pávida com o que havia acontecido , nunca tinha feito aquilo então não podia saber se estava impressionada com algo que poderia acontecer com qualquer outra pessoa ou por que com ele foi fascinante e esbeltamente sintônico .
Era como se ela estivesse lá , tão real .
O que ela mais queria naquele instante era correr loucamente até a mata que vira em sua "visão", mas o que diria a ele quando o visse ?
Como explicaria que há dias atras estava o ignorando mais do que poderia e agora desejava loucamente vê-lo ?
Ela se sentia mal por abrigar dentro de si um sentimento tão revolto e ao mesmo tempo demasiado , como se estivesse ali o tempo todo , e existisse a mais tempo do que ela mesma.
Alguns minutos depois , Freya apareceu na porta de seu quarto .Parecia disposta e determinada , carregava um envelope marrom .
Verena a olha não muito surpresa , estava acostumada com sua presença.
- Para você! - Exclama Freya , apontando o envelope na direção dela , com um sorriso bobo de lado , como se tivesse espiado o que tinha lá.
Verena se levanta do chão , com a mente turva, aérea.
Pegou o envelope , e antes que pudesse perguntar a Freya quem a entregou ela já havia saído , sumido na verdade .
Era um envelope médio , marrom , de textura áspera como uma lixa , de dentro dele retirou um pequeno cartão , uma letra solta e desalinhada que estranhamente ela reconhecia.
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MOND
Vampire" Mentiras camufladas no amor e amor camuflado em mentiras, para poder me achar aonde eu devia realmente estar tive que me perder e achar a verdade no que eu pensava desconhecer ,me libertei na verdade , na verdade me libertei , quando me achei fu...