Passion

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Há quem pense 

Silencio não há em mentes baderneiras 

Alvoroço não há no remanso 

Há quem pense 

Quantas guerras guardam o silencio ?

E quanta paz abriga o combate ?

Há quem pense 

Petra admirava o aglomerado de nuvens cortadas pelo Sukhoi Superjet 100, uma imensidão azulada transmitindo tal concórdia que a acalmara,fazendo-se sentir no paraíso onde seus problemas estariam longe de perturba-la,onde a falta de ar e frio na barriga causada pela covardia pareciam ter ficado na pista de decolagem .

O ar limpo e rarefeito entrava por suas narinas e parecia limpar toda a aversão, tudo que a fizesse se arrepender de algo que levaria tempo para concertar.

Os demais passageiros lidavam com a sensação de estar nas alturas como algo corriqueiro , e conversavam contando uns aos outros seus planos,para onde estariam indo ,alguns assentos atrás um casal revelava um amigo que os acompanhava que sua família ganhara mais um membro.

Vozes,risadas,cheiro de champagne e Banitsa perfumava todo o espaço,talvez aquilo a fizesse sentir saudade mas não sentiu.A sensação de quebrar seus limites a fazia se sentir mais astuta do que apavorada .

Kai a observava apreensivo, não fazia ideia de como ela reagiria a um lugar como New Orleans , como uma criança assustada ?Ou como uma bruxa arisca?

Muito pior que isso,não havia pensado em Verena, em como a convenceria a ajudar Petra antes que ela arrancasse suas vísceras. Antes de achar uma maneira de apresenta-las e fazer com que se empatizassem imaginou o  tormento que sofreria caso se sentissem enganadas .

Sua mente fervilhava e então ele decidiu não pensar em nada disso para não se amedrontar pois era tarde demais para se arrepender.


Verena estava imóvel ,como se estivesse morta e era assustador saber que a verdade obscura contradizia o que os olhos viam.

Freya,através de uma conexão psíquica tenta saber o que houvera horas atrás mas um bloqueio potente a impedia de fazê-lo. Hayley tenta entrar em sua mente numa tentativa de se comunicar ,pois ela sabia que mesmo que ela estivesse morta isso seria possível.No entanto, sem sucesso.

Hope não havia parado de pensar nem um segundo sequer na cena, Verena adentrando o complexo dos Mikaelson correndo apavorada,como se algo muito ruim a houvesse tocado.

Parecia algo fútil ,mas a pergunta que não queria calar: " E as artemísias?"

Verena fugirá do que a encontrara no caminho,sua demora mostrava que ela teve tempo suficiente para ir até a loja de artigos místicos que não ficava longe dali

Elas se entreolhavam, pareciam esperar que alguém se prontificasse a vagar pelo French Quarter sem sequer um ponto de partida como se a pista fosse surgir no emaranhado de turistas e nativos.

Hope estava dispersa parecia estar pensando em algo, como se estivesse prestes a descobrir por onde começaria , então ela simplesmente sim num impulso como se estivesse com pressa ou temendo chegar tarde demais onde lá quer que fosse.

Uma cortina negra e pontilhada cobria o céu de New Orleans, nuvens espessas indicando que um forte temporal estava por vir, as estrelas ofuscadas pela densidade das nuvens insistiam em brilhar penetrando o nevoeiro e emitindo um franzino ponto de luz.O vento cortante agitava as folhas secas espalhadas nas encruzilhadas, uma chuva abundante em cores secas saudando o Outono que viera para fazer com que as únicas cores quentes em toda a New Orleans fossem as luzes .

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