Capítulo 16 - Investigação

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Passei aquele fim de semana todo fora e fui me instalar na casa de meus pais. Não queria encontrar Aleksander de maneira alguma. Nem casualmente e muito menos propositalmente. Do modo como ele agia não duvidava que ele pudesse aparecer na minha porta com todas as suas artimanhas de sedução e me convencer a fazer sexo com ele. Chega! Já estava cansada de ficar esperando. Estava na hora dele sentir na pele o que eu sentia. Vamos ver quanto tempo ele ia aguentar minha distância. Aleksander não parecia ser o tipo de homem que estava habituado a ser rejeitado pelas mulheres, mas sempre tem uma primeira vez e se dependesse de mim, ele iria sofrer bastante.

Contei a Luís tudo que havia acontecido e qual era meu novo posicionamento em relação a meu chefe e ele me incentivou a manter essa atitude, ofereceu inclusive ajuda para encontrar um bofe novo. Fomos a uma das festas para as quais ele sempre tinha convites extras e cheguei a conhecer alguns rapazes interessantes. O único problema é que nenhum deles me interessou. Era impossível não compará-los com Alek e no final das contas fui embora da festa no zero a zero. Luís me repreendeu quando lhe confessei, mas em minha defesa afirmei que não havia razão ficar com alguém que eu não estava tão interessada se aquilo não chegasse ao ouvido do meu alvo. Fora que no fundo não queria substituir Aleksander, só queria que ele se sentisse um pouco ameaçado, da mesma forma como eu me sentia em relação a ele. Meu maior receio era de que ele mudasse de ideia a meu respeito e achasse outra mulher que o satisfizesse melhor e me deixasse a ver navios. Não queria partir meu coração novamente...

Retornei a meu apartamento no domingo tarde da noite, já passava das onze horas. Esperava que nesse horário Aleksander já estivesse contando carneirinhos e não fosse me procurar, não podia cair em tentação. Precisava me manter firme. Felizmente pude dormir tranquila, pois ele não foi me procurar no meio da noite.

Na segunda-feira saí mais cedo de forma a evitar sua carona. Fui a pé e tomei café ali perto, já que tinha saído correndo de casa. Observava o movimento na empresa e só fui trabalhar depois que vi o carro de Aleksander entrando no estacionamento. Queria chegar depois que ele se trancasse em sua sala.

Aparentemente meu plano havia dado certo, fiz o longo percurso até minha mesa sem encontrá-lo. Perguntei a Emma, como quem não quer nada, se meu chefe já estava lá.

- Não chegou ainda! E que sorte a sua, porque está um pouquinho atrasada não é? – sorriu e eu retribuí, tentando disfarçar que a ideia era me atrasar mesmo. Teria demorado até mais se isso não fosse interferir em meu trabalho.

- Como assim não chegou? Podia jurar que vi o carro dele entrando enquanto estava a alguns metros da entrada – menti, mas pouco importava.

- Deve ter se confundido. Você sabe como são esses executivos, tem carros muito parecidos e só entendedores os conseguem distinguir.

- É você deve estar certa... Mas vou começar a trabalhar para fingir que cheguei no horário – desviei meu olhar para meu computador e fingi que realizava algo importante. Não queria encará-lo quando ele resolvesse aparecer. Sabia que era o carro dele, não poderia ter me enganado. Ele estava tramando algo também.

Cinco minutos depois ele apareceu. Cumprimentou-nos e eu respondi sem tirar os olhos do texto que supostamente eu estava entretida. Aleksander me ignorou e foi para sua sala. Não nos falamos durante todo o período da manhã e só depois do almoço ele me chamou a sua sala. Demorei um bom tempo para atendê-lo e quando entrei fiquei indiferente.

- O que posso fazer pelo senhor?

- Encontre a Patrícia e se organizem para começar os preparativos para a festa de boas-vindas ao David. Decidimos concretizar a ideia – informou-me.

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