Capítulo 21 - Ata-me!

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Retornamos a festa como se nada tivesse acontecido e fomos em direção ao bar. Definitivamente precisava de uma bebida. Ainda me sentia um pouco ofegante, principalmente devido à expectativa de passar a noite com Diego. Algo que ainda não havia decidido se faria, pois era um passo muito importante para mim, principalmente porque gostava de outro.

Tentei disfarçar minha apreensão e assim que me sentei no bar, pedi um coquetel com bastante álcool. Diego avistou Dimitri e me deixou sozinha por alguns instantes, foi cumprimentá-lo.

- Está aproveitando a festa Daniela? – Aleksander aproximou-se repentinamente e sentou-se ao meu lado. Perguntou-me claramente irritado.

- Muito! E você? A companhia da Patrícia está agradável essa noite? – arqueei a sobrancelha e provoquei-o.

- Normal... Mas a noite é uma criança... Nunca se sabe como vai terminar – rebateu minha provocação.

- Espero que aproveite bastante! – disse tentando controlar os nervos.

- Você tem certeza que está fazendo a escolha certa? Com relação ao Diego... – quis saber um pouco arrogante, mas seu olhar dizia outra coisa.

- Certeza absoluta não, mas pelo menos ele coversa comigo e isso já é um bom começo – dei-lhe uma indireta.

- Percebi que vocês já estão bem íntimos... – seu olhar ardia de raiva e senti minha face corar de vergonha. "Ai que droga! Ele escutou!".

- E isso te incomoda? – arrisquei. "Se ele disser que sim não sei se vou resistir".

- Não! Não tenho motivos para me intrometer no que você faz ou deixa de fazer... Fora do escritório. Agora se você me dá licença – levantou furioso e me deixou a ver navios. "Queria deixá-lo com ciúmes, mas acho que estraguei tudo! Duvido que vá querer algo comigo, agora que fiquei com Diego..." concluí um pouco triste. Terminei meu coquetel em um único gole, para "afogar as mágoas".

- O que você acha de irmos embora? – Diego abraçou-me por trás e sugeriu em meu ouvido.

- Claro! Já me cansei de ficar aqui – sorri tentando parecer animada. Aquele "gelo" de Aleksander foi o empurrãozinho que faltava para tomar minha decisão de dormir ou não com Diego.

- O que acha de irmos ao meu apartamento então? – aceitei e saímos no mesmo instante. Despedi-me rapidamente de meus amigos e segui a moto de Diego até seu apartamento.

Encontramo-nos novamente no estacionamento do prédio em que ele morava. Diego começou a me beijar fervorosamente no elevador. Seu apartamento ficava no décimo terceiro andar e só nos desvencilhamos para que ele pudesse abrir a porta. Ao entrarmos ele me ofereceu algo para beber e aceitei um copo de água para controlar os nervos.

Enquanto ele foi até a cozinha aproveitei para observar o ambiente. Seu apartamento não era tão grande, mas tinha dois andares. O quarto ficava no segundo andar e as cores predominantes na decoração eram o tabaco e o branco. Havia muitos quadros e objetos de arte. O típico apartamento de um pintor.

- Está aqui a sua água querida... – entregou-me um copo e enquanto tomava o conteúdo ele me observava da cabeça aos pés, como se estivesse analisando o que faria comigo em seguida. Seu olhar era ardente e repleto de luxuria.

Entreguei-lhe o copo nervosamente e ele o colocou na mesa de centro, com os olhos fixos em mim, estudando atentamente minhas reações e minha linguagem corporal. Estava começando a ficar nervosa. Meu coração começou a palpitar e minha respiração foi ficando irregular. "Se ele consegue me deixar assim só com o olhar imagina o que ele vai fazer comigo na cama" engoli em seco, o silêncio estava me matando de tanta ansiedade. Diego parecia deliciado com a minha apreensão.

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