Já me perguntei trinta vezes: "Mas por que ela?". Ou você acha que questões assim não surgem de vez em quando? E nada tem a ver com insegurança. É reflexo de um mundo onde temos medo de fazer um "queijos e vinhos" em casa e perder a verdadeira rave que está rolando no apartamento ao lado – que, por sinal, parece bem mais interessante que a sua festinha.
Nada que coloque em xeque a escolha. Para ser bem sincero, não troco um hoje por dois amanhãs. Não troco uma verdade por uma promessa. Ainda assim, acho bom refletir sobre isso. Posso ver se estou errando, se estou feliz e em qual proporção estamos nos doando. Sentimento também é reciprocidade.
Relacionamento não é empresa para fazer balancetes mensais e ter metas a bater no trimestre, mas é importante manter os pés no chão antes de sair voando de novo depois de um beijo molhado. Tenho certeza que são bem mais felizes os casais que falam sobre aquilo que incomoda em vez de tornar o problema uma hemorragia impossível de estancar.
Então, por que ela? Bom, a resposta deveria ser incluída no rol de "porque sim", "porque não" e "porque eu quero". É ela porque eu a amo.
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Destino, Acaso ou Algo Mais Forte (2014)
Short StoryLivro lançado em 2014 pela Verve, Rio de Janeiro, reúne cerca de 70 crônicas do escritor carioca Gustavo Lacombe, que já está em sua quarta obra. Falando de Amor, relacionamento, sexo, amizade e outras coisas que permeiam as relações de qualquer pes...