Secret Lover's- Dramione

Posso Desabafar com você? Obrigado.

POV’ Rony

Nunca passei tanta vergonha na vida.

Nem mesmo quando soltei a franga com as aranhas.

Sério mesmo que minha PRÓPRIA família não acreditava no meu dom de sedução? É certo que sou um pouco demorado nesse quesito, mas veja bem, eu nunca fiz isso.

Não é que eu nunca tenha beijado ninguém. Pelo contrário, eu fora beijado, não precisara da conquista para isso. Agora, uma coisa é não ter fé que seu irmão vai conseguir conquistar sua melhor amiga, outra é TENTAR ajudar, e com certeza absoluta, isso é bem pior.

Ginny tentara me ajudar, me falando para pular no pescoço de Hermione no trem. Em parte eu fiz pois a saudade era muita, por outro lado, eu realmente estava desesperado. Mas hoje penso que a assustei nessa atitude.

Listar minhas qualidades? Acho que isso não foi tão ruim assim...

Agora, criar plaquinhas já foi à gota d’água!

Eu praticamente surtei quando vi isso! Não é a toa que tenho estado mais quieto desde então. Não só pela vergonha passada, mas também pelo fato de perceber que Hermione se afastava cada vez mais de mim. Provavelmente ela estava assustada com tudo isso. E também era provável que estivesse apaixonada por Longbottom.

Quer dizer, qual garota não se encantou por ele?

Até mesmo minha amante perdera um pouco o gosto quando era tocada antes por ele. Desde então, procuro ser sempre o primeiro a tocar nas coxas de frango. (Que foi? Aquelas coxas suculentas... sempre foram minha perdição desde os onze anos.).

Eles passavam a maior parte do tempo juntos, e sempre jogando um feitiço para que não escutassem o que falavam. Todos aqueles abraços entre os dois... me davam repulsa. Não sabia o que fazer.

E ainda havia a monitoria, que era mais um tempo dos dois juntos.

–Rony, sei que você tá meio deprimido, mas encarar Lilá não parece ser uma boa ideia. – dissera Harry.

–Não estou encarando ela, e sim o Ovomaltine ATRÁS dela.

–Do mesmo jeito, ela já começou a espalhar que você está dando em cima dela.

–Hã? – frase sábia, sim ou claro?

–Ela gosta de você, e você sabe muito bem disso...

–Mas você sabe muito bem quê...

–Quê você gosta de Hermione, mas ao que parece ela não... – Harry não pudera completar, fora interrompido por um Rony exasperado.

–VOCÊS ESTÃO ASSUSTANDO ELA, HARRY!

–Não sei se é isso ao certo, Rony...

–Escute, pela primeira vez desde que Ginny decidira ajudar ela veio falar comigo. ELA ATÉ ME OFERECEU UM DOCE, HARRY. UM DOCE!

–Todos nós vimos Ron, mas só quero te ajudar... Que tal se você tentar se reaproximar dela? Seria uma boa, não?

–Não sei se é uma boa ideia...

–Quem sabe assim Ginny não para com essas campanhas?

–Será mesmo? Eu topo qualquer coisa e...

“Então crianças, como já vimos no capítulo passado, falar essa simples frase pode ser algo muito perigoso.”

Coitado de mim! Mal terminei a sentença e senti alguém em cima de mim, colando seus lábios nos meus.

Bem lá no fundo, eu sabia que não tinha a menor chance de ser a Granger, mas em um apelo desesperado, me agarrei a aquela garota com todas as minhas forças.

Literalmente.

Me avisaram mais tarde que foi uma seção de agarramento intensa.

A única coisa de que me lembro foi de ouvir Dino Thomas gritar para procurarmos um quarto. E de Hermione gargalhando ao fundo.

Um segundo.

Dois segundos.

Um minuto.

Uma eternidade se passou até que...

Epa, se não é Granger, então quem...?

–Ai, Uón-Uón... Estava com tantas saudades assim de mim? –perguntou-me Lilá.

Ao abrir os olhos e constatar o que havia acontecido e com quem, lembro-me de balbuciar coisas impronunciáveis e desmaiar.

Também soube que os garotos me levaram para o dormitório, e que ao me jogarem na cama, eu ter dito algo muito sábio, nunca constatado antes.

–Pato faz quack!

Acho que sou o segundo mais inteligente de Hogwarts.