Dare to dream - BinWoo

07

Minhyuk - 11 de fevereiro

Não lembro muito bem de tudo o que aconteceu na noite passada, mas não consigo esquecer o gosto de menta misturado com álcool dos lábios de Dongmin
Ele me beijou e eu que já estava caidinho por ele, fui atirado em um penhasco.
Moonbin surgiu bem na hora, atrapalhando tudo e eu não sei porque ele resolveu nos deixar em casa logo, ele nunca fez isso antes em nenhuma das festas que já fomos.
Consegui o número de Dongmin com Jinwoo e tentei ligar algumas vezes, mas as ligações só caiam na caixa postal. Fiquei sem nenhuma notícia dele e Moonbin não atendia o telefone e nem visualizava minhas mensagens. Eu já estava gostando de Dongmin, tudo aconteceu tão rápido mas ele era diferente de todos com quem eu já havia saído, queria encontrá-lo mais vezes. Queria sentir o seu gosto de novo.

Moonbin

Estava sendo como a primeira vez em uma montanha russa, até então eu desconhecia essas sensações e estava descobrindo tudo agora. Dongmin é um cara irritante, rico e metido mas ele havia me deixado louco logo na primeira vez que saímos e eu nunca havia sentido isso antes. Confesso que estou com medo, e espero que essa confusão dentro de mim passe logo.
Ele ligou para a mãe e pelo que ouvi ela estava bastante brava e gritando. Ele insistiu que ficaria aqui para o almoço e prometeu que estaria em casa assim que comesse, concordou com algumas coisas e desligou
- E aí? - perguntei
- Ela disse que meu pai está com muita raiva e que vou ficar de castigo, gritou sobre ter passado a noite preocupada e disse que depois do almoço eu tenho que ir direto pra casa
- Pelo visto o neném da mamãe e do papai está muuuuito encrencado - falei rindo da cara dele, ele ficou sério e a cara de bravo dele entrou na lista das coisas mais lindas que eu já havia visto na vida.
Porra Moonbin, - pensei - você tem que parar com esse tipo de coisa agora! você nunca ficaria com um garoto como ele.
Ele ainda estava com raiva, que merda de garoto que não sabe lidar com brincadeira.
Levantei do sofá e fui até a garagem chamar meu pai, quando voltei Dongmin ainda estava sentado no sofá e minha mãe já estava tirando o frango do forno.
Meu pai cumprimentou Dongmin e eu chamei ele para a mesa, ele estava completamente desconfortável e eu como estava adorando a situação toda soltei mais uma
- O bebê precisa que eu puxe a cadeira pra ele sentar? Ele vai chorar se eu não quiser dar a mamadeira com suco? - minha mãe me olhou com uma cara feia e eu estava com um "sorriso do mal" no rosto, ele se sentou e ficamos todos em silêncio enquanto comíamos, eu estava encarando ele mais do que estava dando atenção ao meu prato de comida, ele não levantava a cabeça, estava irritado e eu havia conseguido o que queria. Havia ganhado o troféu.

Eunwoo

Eu não estava conseguindo entender qual era o problema do Moonbin comigo, ele estava estranho até a festa, depois me deixou ficar na casa dele e me deu maior apoio e aí começou a rir da minha cara. Eu odeio esse tipo de brincadeira, odeio quando as pessoas parecem se divertir com a minha irritação. Eu precisava ir embora logo
- Eu te levo!
- O que? - respondi
- Eu disse que levo você até seu prédio, seu celular tá descarregado, você não tem como chamar o motorista e você nem sabe onde mora. Vamos pegue, ligue para sua mãe e peça o endereço - Moonbin falou me entregando seu celular, o celular fez um som e vi que ele havia recebido uma mensagem de Minhyuk, tentei ignorar.
Consegui o endereço e mais uma vez estaria com Moonbin no seu carro, tentei ficar calmo mas não deu muito certo.
Moonbin pegou as minhas roupas da secadora e fui me trocar, me despedi dos seus pais e agradeci a dormida e o almoço.
Entramos no carro. 
Dessa vez Moonbin não ligou o rádio e o barulho das nossas respirações e o barulho do trânsito eram as únicas coisas que davam para serem ouvidas, ele quebrou o silêncio e disse
- Dongmin, conte me mais sobre você! - me assustei com a pergunta, desde ontem Moonbin parecia estar totalmente desinteressado ao meu respeito, mas eu não tinha nada a esconder e ainda ia passar mais alguns minutos no carro com ele.
- O que você quer saber?
- Qualquer coisa - ele respondeu
Então comecei a contar.