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Moonbin -
Dizem que por trás de uma pessoa fria existe uma história que ninguém sabe. E é verdade! As pessoas em minha volta não entendem muito o porque de eu ser como sou. Tenho medo, sou inseguro, um tanto arrogante e tenho um coração de gelo.
Acontece que desde pequeno as coisas não foram fáceis para mim e o que eu vou contar agora é algo que sempre escondi de todos menos dos meus pais e que me atormenta até os dias de hoje.
Quando eu estava no 3º ano tive uma professora, ela era muito bonita e legal e todas as crianças que na época tinham 7 ou 8 anos gostavam muito dela. Seu nome era Hei Ran. Suas aulas eram divertidas e ela tratava todos com maior carinho e comigo esses carinhos passavam dos limites. Ela me falava que eu era seu aluno preferido e que nunca havia visto um garotinho tão bonito quanto eu. Um certo dia ela conversou com os meus pais e disse que eu estava indo mal em matemática e que eu iria precisar de algumas aulas particulares, então se ofereceu para me dar essas aulas. Eu estava animado e três vezes na semana teria que ir até a escola pela tarde para estudar, mas acontece que nunca foram aulas de matemática. Logo no início ela falava que queria algumas fotos minhas pois eu era o aluno mais bonito da turma, fiquei contente com esse título afinal todos queriam ser o preferido ou a preferida da professora Hei Ran. Para essas fotos ela arrancava minhas roupas e no início eu fiquei assustado pois minha mãe e meu pai sempre me falaram que só eles podiam me ver daquele jeito. Mas Hei Ran para me acalmar prometia massinha de modelar da cor que eu quisesse e sorvete de morango que era o meu preferido. Mas isso só se eu ficasse "direitinho para as fotos". E eu ficava. Lembro que ela me pedia silêncio, pedia que eu não abrisse a boca sobre isso com a minha família pois eles iriam sentir ciúmes e ela nunca mais ia me dar massinha e sorvete. E eu guardava esse segredo. Os dias passavam e "as aulas" continuavam, as minhas fotos foram deixadas de lado e a professora passou a me mostrar fotos de outros alunos, meninos e meninas que ela já havia fotografado. Ela falava que só tinha fotos dos alunos que eram bonitos e queria saber quais eram as minhas preferidas. Eu era tão bem tratado e na minha mente eu era especial para ela. Até que em uma das aulas ela começou a passar as mãos em mim, fazendo carinhos e perguntava se eu gostava daquilo. Eu não gostava, sentia medo e vontade de chorar mas ela aparecia com presentes, aparecia com todos os brinquedos que eu queria e isso fazia com que eu deixasse ela encostar em mim. Fotos, carinhos e por fim beijos. Beijos que começaram no rosto porque "minhas bochechas eram tão fofinhas" e beijos na boca porque crianças tão adoráveis como eu tinham sempre que agradar os mais velhos e ela era mais velha. Eu só pensava em fugir quando os lábios dela encontravam os meus, e lágrimas sempre escorriam pelo meu rosto. Minha inocência e minha pureza lhe agradavam e ela ficava muito satisfeita fazendo esse tipo de coisa. Até que um dia meus pais perceberam que na minha coleção de brinquedos havia alguns que não tinham sido comparados por eles e desconfiaram que eu estava trazendo para casa os brinquedos dos meus coleguinhas. Brigaram e gritaram comigo até que não aguentei as acusações de roubo e confessei de onde os brinquedos estavam vindo.
Contei que ganhava eles da professora nas aulas de matemática, também contei que não era matemática que estudávamos juntos e que a professora dizia com frequência que me amava, que eu era muito bonito e coisas desse tipo. Meus pais logo estranharam e continuaram com as perguntas sobre "as aulas" e eu sem maldade alguma no coração desobedeci Hei Ran, fiquei com medo do que poderia acontecer mas contei. Contei aos meus pais que ganhava massinha e sorvete quando me comportava para as fotos sem roupa, contei que ela tinha uma coleção de fotos parecidas com as que tirava de mim e que os brinquedos chegavam em minhas mãos quando eu deixava que ela fizesse carinho em mim e quando me beijava. Meus pais ficaram horrorizados e minha mãe chorava sozinha no quarto dela, eu escutava. Meus pais denunciaram Hei Ran e alguns dias depois ela foi presa, a polícia havia encontrado as fotos e entrado em contato com os pais das outras crianças. Ninguém sabia de nada e Hei Ran ficou muito encrencada. Anos já se passaram mas carrego comigo todos os dias as lembranças desses acontecimentos e de toda maldade que aconteceu comigo quando eu era tão pequeno. Fui muitas vezes ao psicólogo e a vida da minha família mudou totalmente. A dor passou, mas ainda consigo ver as cicatrizes.

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Para vocês entenderem mais o Bin da minha história. Terá mais um ou dois capítulos somente sobre ele. Comentem! Beijos 😘😘 Senhora lua ama vocês.

Dare to dream - BinWooOnde histórias criam vida. Descubra agora