— Não acredito que terei que subir seis andares de escadas. Logo hoje que peguei pesado no treino da academia — resmunguei e em seguida me desculpei com o Sr. Mané – o porteiro.
Há dias que o elevador ameaçava parar e, mesmo com os avisos claríssimos, esperaram ele parar completamente para chamar a manutenção. Era nessas horas que eu lamentava morar em prédio – no sexto andar. Fiquei estática, logo no primeiro degrau, criando coragem de iniciar minha dura tarefa. Pensei várias vezes em ir para casa dos meus pais, já passava a maior parte do tempo lá, mesmo. O único problema era que minha bolsa e o notebook estavam lá em cima, e eu tinha que terminar o projeto de um cliente. Bufei e soltei os ombros.
— Vamos lá Duda, você consegue — animei a mim mesma.
Coloquei os fones de ouvido e decidi encarar aquilo como um exercício, não que eu precisasse, afinal, tinha acabado de passar mais de uma hora malhando.
— Ufa! Metade... — Ergui os olhos e vi a placa marcando o terceiro andar. Coloquei as mãos nos joelhos e inclinei o corpo. Respirei fundo e, apesar de estar ouvindo música, pude identificar um gemido atrás da porta de acesso ao andar.
Tirei os fones e encostei a orelha na porta. Os gemidos estavam fortes, eram de um homem. Fiquei em dúvida se deveria ou não abri-la. E se eu me metesse em confusão? Estava farta de querer ajudar as pessoas e só me ferrar. Os anos me ensinaram que: "Quanto mais conheço as pessoas, mais eu amo meus cachorros." Depois de alguns segundos, brigando com a minha consciência, resolvi ouvir o lado bom dela e adentrei ao corredor do andar. O prédio tem dois apartamentos por andar. As escadas dão acesso à entrada de serviço. Arregalei os olhos e coloquei a mão em frente à boca, ao encarar a fonte dos gemidos.
A porta da cozinha estava escancarada, e os pés para fora. Um homem alto e, embora magro, de musculatura forte, caído no chão. Ao seu redor – sangue, e o meu gelou nas veias. A primeira atitude que me veio à mente foi voltar pra trás, mas eu não poderia. Aproximei-me com a intenção de me munir de informações para pedir socorro. Faria minha boa ação do dia. Em volta dele tinham algumas latas de cerveja, um litro de uísque e outro de vodca, vazios. O sangue vinha da sua mão, tinha um corte profundo na palma. Seu rosto estava virado para a parede, fiquei com receio de colocar minha mão. E se ele foi atacado? Minhas digitais ficarão nele.
— Moço, ei... — Procurei algo para cutucá-lo. Fui até a pia e peguei uma colher de pau, no escorredor de louças. Agachei ao lado dele e o cutuquei no ombro. — Ei, moço... — Ele não atendia, só gemia. O que eu faço agora?
Virei-me e fui me erguendo e, antes de estar totalmente em pé, sua mão segurou meu pulso – me assustando. Dei um pulo e voltei minha atenção a ele. No momento em que eu o encarei, um frio passou pela minha espinha, não acreditei no que estava vendo.
Ele franziu a testa e com os olhos estreitados balbuciou:
— Eu te conheço. — Esfregou os olhos e levantou o tronco, apoiando-se nos cotovelos. — Hum... "Merda" — gemeu. — Du...da — murmurou — é você?
Os anos tinha feito bem a ele, mesmo naquela situação precária, estava lindo. Nossa! Quanto tempo. Achei que nunca mais nos veríamos. Fiquei triste em ver que meu amigo, a tirar pela maneira que eu o encontrei, continuava enfrentando sérios problemas.
— Oi — sussurrei e abri um sorriso tímido. — Você mora aqui?
Ele fez uma expressão de dor e confirmou, meneando a cabeça.
— Tudo bem, vem... você precisa de ajuda. — Me levantei e estiquei a mão para que ele pudesse se apoiar.
Ele pegou minha mão e quando tentou levantar-se, além de não conseguir, me derrubou em cima dele. Ameacei sair, mas rapidamente ele me abraçou. Afundou o rosto em meu pescoço e começou a chorar.
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Foi dada a largada...
É muita emoção no meu coração...
Quero, de verdade, saber o que acharam, eu sei... eu sei... é muito cedo ainda, mas... POR FAVOR, me digam se ficaram instigados (as) a continuarem.
Lembrando, estrelinhas e comentários, é tudo o que peço e... NECESSITO...rsrsrs
Beijokas ♡ ♡ ♡
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Não Posso Ficar |DEGUSTAÇÃO|
RomanceThomas, um homem gentil e carismático, daqueles que não tem quem não se apaixone. Fruto de violência doméstica. Entrou para o mundo das drogas, onde viveu por vários anos. Um acontecimento o trouxe de volta... Com ajuda dos seus amigos, conseguiu es...