Capítulo 15

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Logo depois que Junior me leva para o banheiro e me da um banho delicado retirando todo o sangue que escorria pelas minhas pernas eu volto para cama e deito com muita dor em minha bunda.

Percebia que Junior tinha ficado nervoso ou ate mesmo preocupado com o estrago que ele tinha feito em mim.

– Ta doendo ainda ai. (Ele fala com a voz grossa e mandona.)

– Mas não dói tanto agora, mas parece que falta um troço dentro de mim.)

Junior ri com meu deboche.

– Dorme um pouco ai cara, e descansa um pouco falou, eu vou fazer umas ligações para manda os guris fazerem um trabalho para mim falou.

De tanta dor que eu tava eu nem respondi, só fui fechando meus olhos devagar e ainda pousados em Junior, pelado que só ele, com aquele corpo de deus grego e moreno de fora. Quando me acordo abro os olhos e percebo que estava tudo bem quieto, nada se movendo nem para os lados, me olho e vejo que já estou vestido e ate com uma camisa que era maior que eu, deveria ser de Junior, pois estava com um cheirão do perfume dele.

Levanto da cama já sentindo minha bunda com menos dor mas ainda dolorida, ando ate a porta e não vejo ninguém

– Junior. (Eu chamo ao longo do corredor vendo que não tinha ninguém.)

Ando mais um pouco olhando todos os quartos da casa e vendo que assim estavam vazios.

Desço as escadas.

Ninguém na sala e nem na cozinha, a varanda estava fechada, vou ate a porta e está trancada.

Mas aonde ele foi cara me deixou aqui sozinho.

Olho de longe um bilhete em cima da mesa, caminho ate ela e pego na mão, uma letra ate meio que arrogante mas entendia.

“ Qui fui resolver uns bagulhos na rua, fica quietinho ai cara, tem rango na geladeira qualquer coisa me liga, não esquenta que já volto fica frio. Junior”

A fome mesmo pegava em meu estomâgo, ando para a cozinha e abro a gelada que Junior batizou.

Tinha bastante coisa mesmo.

Pego alguns pães, margarina, presunto e queijo.

Preparo uma café para mim e tomo com gosto engolindo tudo de uma vez só.

A fome era grande em mim.

Vou para a sala, e fico ali sentado no sofá, pego o controle da enorme TV e ligo.

Fico vendo um filme que já gostava e muito, estavam reprisando.

Quando estou bem atento olhando para a TV o telefone na mesinha ao lado toca, nem sabia que tinha telefone nessa casa.

Não atendo, pois vai ver quem era ali.

A secretaria que atenda.

“ Junior eu não vou poder te dar o dinheiro cara, vou ter que te devolver a droga perdão ai veio não to de zoação. “

O cara desligou, e Junior entra pela porta.

Ele larga um colete no chão mesmo da casa me olhando sentado no sofá, a cara bem calma, o rosto bem suado.

– E ai, como que ta?

Eu me levanto indo ate ele.

– Bem melhor e você?

– To na paz sim, tive que sair para resolver uns bagulho. (Ele faz uma cara, só podia ser do trafico)

– E não podia deixar para outra hora sabe.

Apaixonado por um Traficante ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora