Capítulo 31

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Depois de uma noite incrível com Junior...

***

Eu me levantei da cama tomado de vergonha, e fui até o banheiro. Coloquei uma outra roupa, logo depois de ter tomado um banho. Júnior cuidava de cada passo que eu dava, seu, incomum, sorriso tímido mexia comigo, ele não parecia mais aquele brutamontes violento, estava pela primeira vez sendo gentil comigo.

Admito que a atitude dele me comoveu, fiquei feliz por ele ter esse tipo de pensamento. Mas eu ainda estava muito nervoso, com tudo, a incerteza me assombrava,tinha medo do que minha família ia pensar.

Então, minha única resposta para ele, foi que eu teria que pensar. Porém, Júnior não se aquietou com esse veredito, enquanto eu andava pelo quarto, toda hora ele vinha a mim, me agarrava, abrancava, ou simplesmente, fazia um carinho, e perguntava de novo se eu queria ficar com ele.

Tantos foram os meus desvios, com relação a esse assunto, que visivelmente eu pude notar que ele estava ficando farto. Até que uma hora ele não mais fez a fatídica pergunto, mas de maneira rude e autoritária, ordenou:

- te arruma aí, coloca uma roupa melhor, que vamos sair daqui, e trata de liga para a tua coroa para ela ficar tranquila! -ele falou atirando o celular em cima da cama, com uma pose de macho pegando a mochila em cima da cama e saindo do quarto.

Como eu já estava arrumado fiz o que ele tinha pedido, disquei o número da minha mãe no celular dele, pois eu sabia que o número do Júnior era restrito.

- alô... -foi a Suelem que atendeu
- Su,é o Guilherme! -falei com calma, vendo o moreno retornar, com as mãos no bolso, parando na minha frente, e me olhando fixo.

- Gui, pelo amor de deus! aonde você tá?

- calma, eu estou bem, muito bem na verdade -olho para o Júnior dando um sorriso, então ele se sentou a meu lado segurando a minha mão.

- como assim bem, Guilherme? Tu quer matar a mamãe? ela ta desesperada, acionou a polícia,e tudo...

- manda ela ficar calma e não se preocupar! Eu tô na casa de um amigo, tô bem.

- amigo? Que história é essa? Por que tu fugiu caramba?
- eu sei o que eu tô fazendo, mana, eu precisava dar um tempo -digo culpado por preocupar elas- me diz, como que ela tá, Suelem?

- chateada né, ou você acha o que? Tu desaparece, só um bilhete em cima da cama, até procuramos aquele seu amigo, Felipr, mas nem o encontramos, tu está com ele?

- não estou...

- espera aí, você não está com o...- suelem falava baixo,sussurrando- ...Júnior.

- também não, suelem! -digo nervoso- não te preocupa, eu precisava colocar minha cabeça no lugar, mas eu liguei para avisar que não vou voltar pra viagem,me encontraram em casa, lá no morro, e fala para mãe que eu amo muito ela e que estou bem.

- Guilherme, por favor volta, ela vai te entender.

- e eu sei que vai, mas agora não posso, eu preciso... preciso descobrir -olho para Júnior escorado na cama me encarando e passando a enorme mão no meu rosto.

Me sentia feliz, naquele momento, realizado, sabia a quem meu amor pertencia...

Não ao a Felipe;

Nem a outro qualquer;

Era àquele moreno bruto, na minha frente.

Mas mesmo assim estava preocupado, queria saber o que ele pretendia fazer, se eu dissese sim pra ele. (Eu até acho que já disse, silencioso, já de estar aqui com ele e não querer me afastar)

Apaixonado por um Traficante ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora