Capítulo 36

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Foi como se tudo a minha volta parasse no tempo. E estagnei quando fui puxado por ele porta a fora,o moreno me olhava preocupado e seus capangas estranhando o jeito do patrão, foram chegando perto.

Acho que, na verdade, nesse minuto, a alma do Guilherme evaporou desse corpo.

– gui, você está bem?

Eu passo a mão no rosto, e suspiro cansado.

– tá precisando de alguma ajuda aí, chefe? o menino Guilherme, tá passando mal? – diz uns de seus capangas perto de nós, mas Júnior ignora.

– Gui- o moreno me chama e eu o olho, com medo – vai dar certo meu, confia em mim.

– precisa de um auxílio com ele aí, chefia?

– não moleque fica ai, eu vou sair e resolver umas paradas com o Guilherme

– que parada chefe? Podemos ajudar? -os capangas dele, realmente, estavam preocupados comigo, creio que já assimilaram a minha presença de tanto que eu já vim aqui.

Júnior olha para o cara ali solicito e brada feroz:

– não é nada da tua conta! Deixa que do guri eu cuido sozinho, vamos Guilherme! -diz me pegando pelo ombro me guiado pro carro.

Seguimos e vendo o portão automático da frente se abrir, e assim que ele entra no carro toma a minha mão, apertando fortemente

Eu estava nervoso e não conseguia deixa de transparecer como eu me sentia.

– Guilherme, amor, olha…

– Jú, eu estou com medo, acho que com um medo que eu nunca senti antes! – digo largando a sua mão.

Ele começa a andar com o carro, e olha pra frente, apertando os lábios, tentando refletir.

Começamos a descer ao morro, rumo a casa da minha sogra, e isso me alarma ainda mais.

– deixa de paranóia! vai dar certo meu tira isso da tua cabeça, se tua mãe tá lá na casa da minha coroa, nem esquenta, isso é uma evolução, pelo menos…

– como sim, Júnior? não esquentar? – ele para o carro no meio do caminho fechando os vidros e pega minha camisa tacando um beijo em minha boca.

Com tanta força, que doeu no começo. O beijo de Júnior fez aliviar o temor um pouco,senti que estava protegido, que ele me protegia, que ele estaria ao meu lado sempre evitando que tudo de ruim me acontecesse.

– e ai ta comigo ou não?

– eu entendo a sua preocupação ,comadre, sei que a vida que o meu Júnior leva não é mais correta, mas eu vejo nos olhos, e nas novas atitudes do meu filho o quanto ele ama o seu.

–  mas eu me preocupo com a segurança do gui… -falou chorosa.

– Júnior nunca deixaria que nada de ruim acontecesse com o pequeno, basta que você permita que ele o proteja -afirmou certeira a mãe do traficante- então eu te peço como amiga, deixe que eles vivam esse sentimento…

Ele me olhava sorrindo, passo a mão por seu enorme braço, descendo e por fim agarrando a sua mão forte.

Eu não me arrependia nenhum pouco por ter passado por tudo aquilo com Júnior. Ele estava ao meu lado me dando coragem, por mais que eu estivesse medo do que poderia acontecer.

E foi assim, unidos, de mãos dadas que entramos na casa da mãe do moreno para,finalmente, resolver aquela situação.

O Júnior entrou logo se impondo, ao ver as duas senhoras ali presentes:

Apaixonado por um Traficante ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora