CASSINO

7.9K 727 96
                                    

VÊNUS HALL

   Os meninos decidiram, de repente na noite anterior, que queriam vim para Las Vegas. Viemos de avião, uma hora de viagem, que passei dormindo. É minha segunda vez na cidade dos cassinos, sempre adorei todas as luzes e diversão que o lugar oferece.

   Ainda é cedo, o sol acabou de aparecer, passamos em uma cafeteria para tomar café da manhã, e em seguida deixamos nossas coisas em um hotel, voltaremos para LA no dia seguinte. Alguns dos meninos foram para uma corrida de carros que ficaram sabendo e convenci Griffin a ir comigo há um dos jogos.

— Você sabe que não vamos entrar né? — Fala enquanto caminhamos. — Tem que ter mais de 21.

— Você tem — respondo bebendo o milk shake que comprei no caminho.

— Mas você não — revira os olhos. — Aqui não tem essa de acompanhante.

— Agora tenho 21 — mostro para ele a identidade falsa que eu trouxe.

   Eu havia usado essa identidade apenas uma vez, fiz para ir em uma festa e acabei guardando para caso precisasse novamente. Quando fiquei sabendo que íamos vir para Las Vegas, decidi trazer-lá, sempre quis ver como são os cassinos por dentro, e esperar os 21 demorará muito.

— Vênus...

— Vamos Griffin! Não vão desconfiar. — balanço a identidade, torcendo para dar certo.

   Puxo meu amigo para a fila na entrada e quando chega nossa vez o porteiro nos analisa pedindo o documento. Olho para Griffin e o mesmo parece nervoso, provavelmente com medo de descobrirem. Ele é o tipo de pessoa que sempre pensa no que pode acontecer de ruim mas acaba fazendo por influência dos amigos.

— Fácil! — Digo ao liberarem nossa entrada.

   Observo o local com luzes coloridas para todos os lados, me recordo de quando li "Percy Jackson: o ladrão de raios", a cena em que o trio vão há um cassino e ficam hipnotizados com o local. Apesar de ainda estar cedo, há bastante gente jogando enquanto toca música baixa, a maioria homens velhos com barrigas de cerveja.

— Quero jogar — digo me aproximando de uma mesa de cartas com três homens jogando.

— Não, não quer — Griffin puxa meu braço. — Tá louca?! — me olha desacreditado.

— Só uma partida, quero ver como é — me aproximo de novo da mesa.

— A senhorita vai jogar? — O funcionário que organiza o jogo, me pergunta.

— Sim — me sento e meu amigo me encara desaprovando.

— Primeira rodada será 500 dólares — me entrega as fichas.

— E por acaso você têm 500 dólares? — Griffin pergunta em meu ouvido. — Você nunca jogou esse treco, vai gastar tudo isso?

— Os meninos estão gastando bem mais bem mais naquela corrida de carro — me viro para ele. — E é um jogo de sorte, mesmo quem nunca jogou pode ganhar na primeira vez — me viro de volta para a mesa.

— O objetivo do jogo é completar 21 com a soma das cartas que são entregues, ganha quem fizer 21 ou chegar mais próximo desse valor sem passar — explica o funcionário. — Vou entregando as cartas, o máximo são cinco.

   Me ajeito na cadeira e começa a entrega de cartas. Sinto minhas mãos suarem e talvez meu amigo tenha razão, eu não devia ter entrado no jogo, mas já que estou dentro, devo continuar.

   Recebo a primeira carta: um 10 de copas. Continua a entrega e pego a segunda, 9 de copas. Tenho 19 pontos e me pergunto se devo pegar uma terceira carta ou parar com as duas que já tenho. Decido parar por medo de passar, e sinto os olhares dos outros jogadores em mim. O homem ruivo e barbudo sai do jogo pois passou o número, tirando 25. O funcionário entrega mais uma carta para o segundo homem, dando 22 pontos para o mesmo. O terceiro jogador pega mais uma carta e todos o encaram ansiosos, o ele possui 19 pontos, como eu.

— Se ele tirar mais de 3, você ganha! — Griffin diz baixo.

   Ele abaixa a carta e todos os olharem se voltaram para mim. Ele passou, tendo 24 pontos.

— A senhorita ganhou — demoro a raciocinar o que foi dito.

— Vênus! — Meu amigo diz me abraça como se minutos antes não tivesse dito que era uma péssima ideia.

— Parabéns — um dos homens fala.

— Caralho! — Pego o dinheiro, 2 mil dólares.

   Saímos do cassino a caminho da corrida de carros, onde os outros estão.

— Por sorte você ganhou — Griffin sorri. — Espero que não vire uma viciada em jogos de apostas — debocha.

— Quero ver a cara dos meninos quando eu contar — falo animada — Vou usar o dinheiro para o meu aniversário.

  

SAVAGE [sway boys]Onde histórias criam vida. Descubra agora