Ares: O Deus da Guerra

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— Então quer dizer que você foi torturada por ela? E viram melhores amigas do nada? — Perguntou Kayle depois de pegar um balde de pipoca para acompanhar aquela história fantástica que não parecia ter fim entre Azrael e Athena.

— Bom, tem mais coisas pela frente é claro... Mas a relação entre os deuses são bastante previsíveis... — Ela tentou explicar de forma coerente, mesmo a semideusa não entendendo de fato.

— Literalmente... Digo vocês se matam por qualquer besteira e se abraçam depois de matar uma a outra e isso é realmente confuso... E eu achava os seres humanos incompreendíveis. — Disse ela enchendo a boca de pipoca.

— De fato. Mas o que me fez fazer as pazes com Azrael foi o tempo. Ele que fez com que nos reencontrássemos novamente, e de certa forma enfrentássemos certas circunstâncias que nos aproximaram uma da outra... Batalhas, histórias... muitos poréns, bom não importa isso agora. o que importa é que ela voltou, depois de anos desaparecida sem deixar rastros... E voltou muito estranha...

  Kayle franziu o cenho e colocou a pipoca de lado, cruzando as pernas em cima da cama e se virando para a deusa. 

— Não tem como você chamar ela de alguma forma e conversar? — Perguntou tentando aliviar a curiosidade de Athena.

— Não. — Respondeu logo mudando de ideia. — Na verdade existe um meio, mas, ela não quer aparecer e isso já ficou claro. Não importa isso agora, o que importa é que precisamos achar logo o paradeiro de medusa e de suas irmãs para então dar a elas o fim que merecem.

— Assim... não é por nada não, mas, como vamos matar seres imortais? — Ela perguntou franzindo o cenho.

— Existe dois meios de matar as górgonas, o primeiro é usando o veneno da mortalidade. Mas ele foi considerado extinto a muito tempo atrás. O segundo seria usando a magia de Azrael para transformá-las em meras mortais e assim eu pudesse matar elas. Mas aparentemente Azra não está muito afim de dar as caras. Então só nos resta uma opção. — Disse Athena. — Vamos aprisioná-las no tártaro, assim como feito com o Cronos. — Respondeu dando as costas para Kayle enquanto se levantava pensando sobre o assunto.

  Kay sorriu e uma faca fora lançada na direção da deusa que apenas curvou a cabeça para o lado fazendo a faca atingir a parede.

— Pelo menos eu tentei. — Resmungou Kayle enraivada pela sua falha.

— Sempre de olhos abertos. Nunca distraída, esqueceu? Te ensinei isso! — Ela respondeu se virando e brincado com a faca usada pela semideusa.

- Eu sei, precisava achar uma brecha em você já que eu sempre perco as batalhas. — Athena sorriu. — Vem cá... E o Ares? — Athena pareceu surpresa com a pergunta. — Ele também é um deus da guerra não é? Não sabia que podia existir dois deuses da guerra...

— É diferente. — Ela falou seriamente.

— Olha eu não conheço muito sobre esses lances de deuses e tal, mas até onde saiba, Ares é sim o deus da guerra então o que tem de diferente?

— Não quero falar sobre isso! — Ela respondeu ficando um tanto sem pavio. — Perdoe-me. 

— Está tudo bem, você só não quer falar sobre o assunto... Eu respeito. 

— É complicado, ainda mais ele sendo o filho de Hera e... — Ela logo percebeu um ponto que faltava em seu raciocínio. — ... Zeus... — Sussurrou. Agora sim ela havia descoberto o que estava de errado.

— Athena? — Chamou Kayle percebendo o desconforto da deusa. 

— Como pude ser tão cega? Como não reparei isso antes?

Athena e a Última herdeira de Hades - VOL 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora