V - Conversas

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Olá! Não tenho muito o que dizer sobre o capítulo de hoje, mas eu gosto dele.

Aos poucos, Rebeca vai descobrindo mais sobre Ethan.

Boa leitura!

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Rebeca estava olhando para ela mesma. — Mas o quê...

— Muito prazer, Rebeca. — A mulher disse, com a voz semelhante à dela.

Perdida, olhou para Ethan, que observava tudo de longe, e aproximou.

— Eu disse que resolveríamos o problema dos seus pais. Essa é Anne, e esse é Felix. Ficarão no lugar de vocês enquanto estivermos fora.

— Mas... — Rebeca se pronunciou. — Como eles vão se passar por nós? Eles nem nos conhecem...

— Conhecemos sim. — Felix disse, com a voz e aparência de Gabriel. — Nós conseguimos absorver tudo o que existe em relação a vocês. Tanto aparência, quanto personalidade.

— Então conseguiremos facilmente nos passar por vocês dois. — Anne continuou, sorrindo. — Não se preocupem, Maristela, Roberto, Cecília e Anthony não perceberão nada.

As sobrancelhas de Rebeca se levantaram, chocada.

— Se prepare, Felix. — Anne o encarou. — Eu vou te dar muitos "coices".

— Como se já não desse naturalmente. — Ele revirou os olhos, se afastando.

Anne riu e o seguiu. Ethan os levou de volta ao primeiro cômodo.

Rebeca e Gabriel se olharam, ainda não acreditando naquilo.

Logo Ethan voltou— Não se preocupem, eles são brincalhões, mas sabem interpretar muito bem.

— Não estou preocupada... Só foi... estranho.

— Depois dessa vou ir tomar banho. — Gabriel levantou, pegou sua mochila e foi para o corredor.

Meio confusa, Rebeca andou até a sala e se jogou em um dos sofás, deitando. Ethan a seguiu e sentou-se no outro, de frente para ela.

— Por que eles vieram aqui? Assim... de repente.

— Eu pedi a ajuda deles.

— Eles são seus amigos? Ou sua família?

— Os dois.

— E eles conseguem ficar iguais a qualquer um?

— Sim. Desde que consigam tocar na pessoa que querem se transformar.

— Uau... isso é incrível. — O olhou.

Ele estava inclinado para frente, com os cotovelos apoiados na coxa, olhando para baixo.

— Você está bem?

Levantou o rosto. — Sim, estou. Por quê?

— Parece preocupado.

— Estou pensando em como tomarei o livro de volta.

— Você... — Se sentou. — Não acha que está se culpando demais?

— Me culpando demais? Não. Me culpo, pois deixei o livro ser pego. Não creio que seja algo exagerado.

— É, mas... — Levantou e sentou ao lado dele. — Não é como se você não tivesse feito nada. Você protegeu o livro durante tanto tempo e nunca aconteceu nada, certo? Não precisa ficar assim.

Através do Tempo - Entre VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora