XLV - Reencontro

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Oi! Preciso dizer que a história está chegando ao fim. Talvez semana que vem seja o último capítulo, só não dou certeza porque ainda não escrevi ~triste

...

Rebeca não conseguia pensar em ninguém que estivesse esperando por ela. Talvez Isabel, mas ela já estava em Dy conversando com Olívia. Será que ela estava pronta para falar sobre seu passado misterioso?

Se despediu de Minor, pedindo desculpas mais uma vez, e segurou a mão de Ethan. Haziel foi junto, e os três voltaram ao pátio da clínica. Seguindo a direção que Ethan apontara, olhou, vendo alguém deitado em um dos bancos. Não demorou muito para que reconhecesse aquela silhueta. Ela hesitou.

— Ele sabe de tudo — comentou Ethan, tentando tranquilizá-la.

— Tudo, tudo?

— Sim. Eu mostrei.

— Como assim mostrou? — E o encarou.

— Ele leu a carta e quis ver com seus próprios olhos.

— Por livre e espontânea vontade?

— Sim...

— Ethan — pressionou, não acreditando completamente.

— Eu só fui até ele para...

— Eu não acredito! Eu falei que não queria intervenção de vocês.

— Ele está ali, te esperando, não é o suficiente? Era isso o que você queria.

Ela cruzou os braços. — Você falou igual a Isabel agora.

Ethan olhou brevemente para Haziel, que se divertia.

— Quer que eu volte no tempo e desfaça isso?

Rebeca se virou e começou a caminhar rapidamente até Gabriel. Antes de se aproximar, percebeu que ele dormia. Ou só estava de olhos fechados. Hesitou mais uma vez ao parar do seu lado e olhou para trás. Até Haziel acenou para que ela fosse logo.

Quando virou-se de volta e viu Gabriel a observando, sentiu as bochechas esquentarem de vergonha. Não sabia o que dizer, nem como agir.

Ele se sentou, também se sentindo um pouco perdido.

— Eu... sinto muito. Por ser tão egoísta, idiota, por esconder tudo de você...

— Eu ainda estou chateado — disse ele, de supetão. — Mas acho que entendo porque você não me contou antes. E... eu vi como tudo aconteceu. Entendi que foi... confuso e... amedrontador.

Rebeca concordou. — Eu me senti horrível por te machucar daquele jeito, ainda me sinto, na verdade... Por que você... resolveu vir?

— Porque eu quis te ver depois de saber de tudo. Porque... eu queria dizer que está tudo bem. — Gabriel puxou a mão dela e a fez se sentar. Ergueu as mãos e cruzaram os dedos. Rebeca sentiu o que ele sentia, e pela primeira vez em muito tempo, se sentiu mais leve, feliz.

Ela riu. Algumas lágrimas escaparam de seus olhos.

Então, eles se abraçaram.

— E-eu tive tanto medo... Tanto... — balbuciou Rebeca, as lágrimas caindo com mais intensidade. — Medo de nunca mais te ver, falar com você... de você me odiar para sempre...

— Eu não poderia te odiar para sempre... — murmurou ele, sentindo a garganta apertar. — Por mais raiva que eu pudesse sentir... sabia que não seria maior do que o que eu sinto por você.

Rebeca fechou os olhos, o segurando mais firme entre seus braços, sentindo seu cheiro, sua presença, seu calor. Era tudo o que ela mais sentia falta. Ele.

Através do Tempo - Entre VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora