Longa Espera ✅CONCLUÍDO

CAPÍTULO 33 - ESPERANÇA

Helena

Ainda estou sendo acalmada por Sofia, quando meu irmão entra em meu quarto. Ele está nervoso, sinto que tem notícias, e sei que não são notícias boas. Daniel chama sofia, seja lá o que tem a dizer não quer que eu saiba, ou não sabe como me dizer. Então eu mesmo vou ter que fazer ele fala.

__Fala logo Daniel. Seja qual for a notícia eu quero saber, agora

__Encontraram Elisa, ela com o Rafa e está bem. A levaram para o hospital apenas por garantia.

__Vou ligar pro Gabriel, porque Elisa está com o Rafa e não com ele?

__Ele não vai poder falar agora Helena, logo vão trazer Elisa.

__Porquê ele não vai poder falar Daniel?

Meu irmão deivia o olhar de mim para Sofia, não sei o que aconteceu com Gabriel, mas por essa reação de Daniel, já imagino logo o pior. Com um longo e pesado suspiro, seguido de mais uma pausa, meu irmão finalmente me conta o que aconteceu.

__Helena, Gabriel foi baleado.

__Eu sabia, estava sentindo que isso não ia acabar bem. Sabia que Gabriel não voltaria vivo pra casa.

__Não é nada disso Helena, ele não morreu.

__Quero ir para o hospital Daniel. Preciso pegar minha filha, e ver com meus próprios olhos que Gabriel está vivo.

Sem escolha, Daniel e Sofia me acompanham até o hospital, o delegado nos espera na entrada, somos informados que Eduarda está presa, e me diz que Elisa está bem, que Rafael nos espera na ala da pediatria. Uma enfermeira nos acompanha e ao longe ouço o choro de um bebê, e si que é Elisa, acelero meus passos, e ao abrir a porta vejo Elisa nos braços do tio. Rafael me entrega minha filha, eu a acalmo, e a alimento, a pobrezinha está faminta. Pensei que nunca mais a fosse ter em meus broços. Agradeço ao meu cunhado com lágrimas nos olhos.

__Obrigada Rafa!

__Gabriel queria ter entregado Elisa à você, mas ele não pôde esperar.

__Onde ele está?

__Está em cirurgia. Miguel está com ele.

Após amamentar minha filha, eu peço que Daniel a leve para casa. Sofia e minha mãe podem cuidar dela, pois pretendo ficar no hospital até que Gabriel saia da sala de cirurgia.

Sabendo que Elisa está bem e segura em casa eu posso focar minha atenção em Gabriel. E assim Daniel se vai, com Sofia e Elisa para minha casa.

Estamos sentados no final do imenso corredor do hospital. Rafael está ao meu lado, e eu seguro firme em sua mão. Senhor Pedro está de pé, encostado na parede bem à nossa frente, já se passaram horas e nada de notícia, a espera me deixa agoniada. Quando então eu levanto meu olhar e vejo Miguel vindo em nossa direção. Ele está visivelmente exausto, está vestindo roupa que os médicos usam durante as cirurgias. Está sério demais. Isso me dá medo.

___Como ele está Miguel?

__Helena, você precisa ser forte.

__Meu Deus! Não diz que ele...

__Não Helena. Ele não está morto.

__Graças à Deus!

__Mas o estado dele é grave. Ele perdeu muito sangue até chegar ao hospital.

__Mas vocês fizeram transfusão, por isso nadaram chamar o pai de vocês, não foi?

__Sim. Conseguimos conter a hemorragia, e usamos o sangue do nosso pai na transfusão. Mas ainda assim a situação requer cuidados. Ele está muito fraco.