caro amor verdadeiro,
sabes que só escrevo cartas, quando são de despedida e também sabes que elas nunca são lidas pelo destinatário, apenas permanecem aqui submersas. então, aqui inicio sua infeliz carta de despedida.
oi, eu só queria dizer que, sim, eu te perdoo.
eu que espero que esteja muito bem, porque é tudo o que eu sempre quis, quero e sempre vou querer pra você. eu te amo, e exatamente por te amar, não sou mais sua amiga. você parece bem sem mim e esse observação que tive foi de extrema importância, porque me mostrou que você é bem melhor sem a minha presença. por isso não vou correr atrás de ti, e eu tenho muita certeza de que você não vai correr atrás de mim, porque você é orgulhosa e nunca engoliria seu orgulho por mim. só quero que saiba que eu te perdoo, de verdade e que espero que você ache uma melhor amiga melhor que eu, o que é claramente fácil, porque se eu em algum momento tivesse sido boa, você não teria me deixado por outras pessoas. espero que elas valham a pena, para ser sincera. espero que você fique bem, que tudo dê certo para ti e que não precise alguém pra segurar seu mundo, como acha que precisa. você é mil vezes mais forte que isso.
você partiu meu coração e eu espero que tenha sido por uma causa muito boa, como a sua felicidade absoluta com as pessoas com quem se encontra agora. espero não te ver chorar, triste, exausta, em caos. espero nunca mais ter de te ver chorar de novo, porque você não merece isso. antes de tudo acabar oficialmente, como sinto que acabou, queria dizer mais uma vez que te amo. amo muito, muito mais que você pode imaginar, porque se conseguisse imaginar, ainda estaria aqui e eu não estaria escrevendo isso. sinto muito por não ter sido suficientemente boa, como muitas coisas na sua vida. não queria fazer parte do grupo de desventuras, mas agora sei que faço.
queria que soubesse que olhar para você ainda dói, e se essa dor nunca passar, saberei que é porque eu nunca deixei de amar você. eu espero um dia deixar de te amar, mas se não, é porque era amor verdadeiro, como disse naquele poema que te escrevi. escrevi-te, porque te amo. escrevo-te, porque te amo. e se vier a escrever futuramente, é porque ainda te amarei.
deixo-te partir, então, por misericórdia. misericórdia de mim e de ti, de nossas almas desgastadas de tantas idas e vindas, de tantas perdas e danos, de tanta dor que nós nos causamos. não sei se um dia seremos amigas de novo, mas eu espero que sim, porque eu te amo e estou relutante a te deixar ir agora, mas deixo-te na esperança de que voltas. e quando voltar, eu espero estar aqui. se em algum momento voltar por sentir falta do meu abraço, do meu colo, do meu aconchego, da minha má cantoria e da minha poesia, saberei que me amas de volta. mas se voltares porque os outros te deixaram, saberei que não significo nada para ti. mas se você voltar e eu não estiver mais aqui, não é porque não te amo, e sim porque me amo mais que amo a ti, e precisei partir por amor ao alguém que você nem sente afeto.
minha Maya Hart, boa vida.
eu te amo, e tenho medo de sempre te amar, mas sinto que vou. está na minha alma, para sempre. mesmo que não sejamos aparentemente destinadas, ainda sim, digo-te um algo que só tu vais entender: trovão. para sempre.
tínhamos uma bela amizade. extraordinária, fascinante, única. mas isso não te parecia ser bom o bastante. bem, era só o que eu tinha a te oferecer. espero que encontre em outros o mais que tanto procura.
com amor, sua Riley Matthews.
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insanidade.
Poetrytodo esse tempo se passou e eu ainda não sei se é carência ou se é mesmo amor. 2017 | @lenallier Por Lena Allier.