5 de Outubro
Eu sei o quão difícil será isso, eu preciso fazer um ritual que pedirá uma quantia do meu sangue que se eu perder irei a morte.
Mas irá valer a pena!
Não terei chance de encontrar meu irmão, mas escrevi uma carta para ele, que quando eu partir chegaram até ele!Não quero que ele adentre em minha vida, nessa história macabra de terror, mas quero que saiba que mesmo sem o conhecer eu o amo.
O diário fechou se abruptamente em um rompante de Carter, que não tinha coragem alguma para ler a carta deixada por Margareth para ele.
Carter olhava de seu carro Kiara sair de casa e sentar-se em uma cadeira no jardim aproveitando os raios solares do fim de tarde.
Ele suspirou, seus dedo deslizavam sobre o couro da capa do diário de sua irmã.
Por dois longos dias ele afastou-se do caso e cessou sua leitura, não que fosse desistir, mas precisava de um tempo só para entender tudo aquilo.
Saiu do carro em um instante de coragem e a cada passo qur dava em direção a casa de Kiara, sua tia, essa coragem ia esvaindo-se.
- Kiara Oorth? - Chamou ela que levantou os olhos até ele.
- Policial... precisa de algo? - Esboçou seu melhor sorrisso.
— Me chame de Carter por favor. — Disse de maneira cautelosa.
Kiara sorriu, apenas um curvar de lábios!
— Tudo bem. Precisa de algo Carter?
- Podemos conversar? - Questionou receoso.
- Claro, o que precisa saber? - Questionou solene levantando se.
Carter estendeu o caderno em direção a mulher, o mesmo estava aberto na página em que Margareth citou seu nome como irmão pela primeira vez.
- Margareth tinha um irmão correto? - Questionou cauteloso.
- Sim. - Respondeu desconfiada e surpresa.
- Leia está página, será mais fácil compreender desta forma.
Kiara estranhou, mas fez o que Carter havia lhe indicado. Se demorou um pouco na leitura, a visão debilitada por conta da idade tornavam o trabalho mais difícil.
E então ela chegou ao ponto crucial, o ponto onde Margareth dizia o nome do irmão.
Os olhos de Kiara encheram-se de lágrimas e ela o olhou surpresa.
- Você? - Questionou sem acreditar.
- Sou irmão de Margareth, seu sobrinho. - Carter sorri.
Kiara se precipita sobre o novo sobrinho e o abraça com toda a força, quando se afastam ela está sorrindo.
- pelos céus, achei que nunca o veria de novo.- Ela tornou a abraça-lo.
Kiara afastou se do sobrinho, o suficiente para olha-lo nos olhos e vivenciar novamente o momento em que o deixou para adoção.
— Eu sinto tanto. — Disse com os olhos cheios de lágrima.
— Sente pelo que? — Carter questionou confuso.
Kiara olhou o sobrinho longamente, ele tinha um rosto parecido com o do pai, era um rapaz bonito.
— Foi eu que lhe entreguei para a nova família. — Ela anucia. — Eu não queria, eu juro, mas foi preciso. Meu coração se partiu naquele momento em que vi você partindo.
Carter puxa Kiara para um abraço, cheio da saudade que nunca existiu, mas agora o preenchia por completo.
— Não tem do que se sentir culpada, fez o que deveria. — Carter diz de modo carinhoso.
Kiara suspira recuperando o fôlego e contendo as lágrimas.
— Você deve estar confuso com as coisas que Margareth colocava nesse diário não é? — Kiara questiona.
— Um pouco. — Carter assume. — Estou assustado também. Você acredita nessas coisas?
Kiara suspira, senta-se em uma pequena cadeira e puxa Carter para sentar-se ao seu lado.
— No começo eu achava que era fanatismo religioso da minha irmã, mas em um dia quando ela venho aqui com Margareth e o irmão de vocês Tommy, nasceu alguns anos depois de vocês. Um demônio invadiu minha casa. — Os olhos de Kiara pareciam estar distantes, como se ela viajasse no tempo. — Ele estava irado e queria matar Margareth, Tommy tentou defender a irmã e foi morto. — Uma lágrima escorre dos olhos de Kiara. — Foi apartir daquele momento em que eu passei a acreditar.
Carter permaneceu em silêncio remoendo o fato de que tinha dois irmãos, e os dois morreram tão cedo e ele não poude conhece-los.
— Eu estou lendo o diário aos poucos, mas estão tentando me impedir. — Ele suspira. — Dois demônios já vieram até mim, pediram para que eu me afastasse do diário.
Kiara arregala os olhos, não queria perder Carter como perdeu Margareth.
— Então afaste-se do diário. — Kiara disse come se fosse algo simples.
— Não posso. — Carter cerra os olhos— É meu trabalho e a única forma de me manter próximo a Margareth. Eu a sinto perto de mim enquanto leio.
Kiara sorri para o sobrinho, sua mão sobe até a bochecha dele e ela o acaricia como sempre se imaginou fazendo.
Ela tinha passado um longo dia na companhia de Carter antes de entrega-lo para a família adotiva, e naquelas poucas horas sentiu-se apegada ao menino que nunca mais poude ver.
— Carter... — Ela titubeou antes de prosseguir. — Não é seguro!
— Eu sei, mas é preciso. — Ele sorri dr canto. — De um dia para o outro eu fui colocado em um filme de terror e agora vou até o fim dele.
— Mesmo que ele o leve a morte?
— É o que tenho que fazer, nunca irei descansar se não terminar o diário e descobrir quem matou minha irmã. — Ele sorri.
Os olhos de Kiara focaram-se no outro lado da rua, onde uma loira exuberante caminhava até eles.
Parecia assustada, já que olhava para os dois lados como se alguém a perseguisse.
— Precisamos conversar. —Ela disse altiva, assim que ficou frente a frente com Kiara e Carter.
Os dois levantaram-se e olharam a loira confusos.
— Quem é você? — Kiara questionou.
— Isso não importa, precisamos conversar. Vamos entrar. — Disse agarrando os pulsos de Kiara e Carter com força, força demais para aquela mulher.
Carter tentou soltar-se, mas ela era forte demais até para ele. Seus olhos se arregalaram. Kiara ainda não compreendia tudo o que de passava.
— É um demônio. — Carter alegou.
A loira o olhou com um olhar fulminante.
— Vamos logo! — Com força puxou Kiara e Carter até estar dentro da casa.
Ela jogou os dois sobre o sofá, os olhou longamente.
— Sou eu titia. — Disse olhando diretamente para Kiara.
Kiara tombou a cabeça para o lado sem compreender o que se passava ali, enquanto Carter já tinha tomado compreensão de tudo.
Ele tinha um ar chocado perante a loira que tinha olhos apenas para Kiara esperando ser reconhecida.
— Quem é você? — Kiara balbuciou.
A respiração de Carter tornou se falha ao ver os olhos da loira tornarem-se negros como as trevas, um demônio sem dúvida alguma.
— Sou eu tia. Margareth.
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Possessão (Concluído)
HorrorJesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. Marcos 5: 8 a 9 Margareth Oorth havia sido assassinada de forma brutal, um crime sem pistas, testemunha...