Cecília
— Vamos Cecília, não seja estraga prazeres? — Sabrina minha melhor amiga pede fazendo o mesmo biquinho infantil de sempre e que não surte mais nenhum efeito sobre mim.
— Você já pensou o quão absurda é esse pedido? É uma casa de swing! — revira os olhos pouco se importando com a minha opinião sobre o assunto.
— Pare de ser essa pessoa sacrossanta, é seu aniversário de vinte e seis anos, está mais do que na hora de se divertir um pouco.
Nada contra a quem tem esse estilo de vida, cada um vive de acordo com o que sua vontade, mas eu não sou assim, fui criada pela minha avó, o que se pode chamar de uma beata assídua das missas de domingo. E apesar de não ser exatamente como ela, há coisas que estão impregnadas em mim pela minha criação.
— Não sou sacrossanta, só que ...
— Só que tem nessa cabecinha uma beata incutida, que mesmo já tendo feito sexo algumas vezes ainda vai até a igreja se confessar no dia seguinte. — ri como se o fato de acreditar na absorvissao e ficar com a mente pesada fosse uma piada hilariante.
— Pode rir avontade, quando eu conseguir um lugarzinho, mesmo que minúsculo no céu e você não, eu irei rir da sua cara levando espetadas do diabo, cretina. — retruco e isso só a faz rir ainda mais.
— Lia, por tudo que há de sagrado, para com essas idéias toscas. Te chamamos para comemorar seu aniversário em um lugar diferente, tudo bem que é um club de swing, mas isso não quer dizer que você tenha que entrar no jogo das pessoas por lá. E pelo que soube não é como sua mente está projetando.
Ergo uma sobrancelha intrigada, como diabos ela sabe o que eu estou pensando? Será que está tão evidente o horror em meu rosto?
— Vai me dizer que não está imaginando que assim que entrar vai dá de cara com pessoas transando por todos os lados como animais? — faço uma careta.
— E não estarão? — A gargalhada que ela solta é algo impossível de não acompanhar.
— Claro que não sua bobinha! Existe quartos e ambientes próprios para essas traquinagens.
— E o que há lá então? Porque pelo está me falando é como as boates que já fomos. — Se não há nada de novo para ver, porque ir para lá?
— Não é não, as pessoas lá são diferentes, o clima é diferente, não consigo explicar bem, mas é. — dá de ombros. — As meninas estão todas animadas para irem, mas o aniversário é seu, se não quiser, fazemos algo do seu agrado.
Odeio quando ela coloca as coisas dessa forma, me faz sentir que estou estragando toda a diversão e planejamento da turma. Com um suspiro derrotado deixo meus ombros caírem desistindo de argumentar com ela, não tem porque quando a causa está perdida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sob seu comando - Coração no Comando (Livro 1) DEGUSTAÇÃO (completo Na Amazon)
Romance#Aviso Essa história contém cenas de sexo e linguagem inapropriada para menores de 18 anos! Ninguém está livre das armações inusitada da vida, e sabendo disso, Cícero Duarte comandante e piloto do helicóptero da Ciopaer sempre tentou manter o total...