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Levo alguns segundos para recuperar minha voz e capacidade de fechar a boca, visto que essa jaz aberta como a uma cacimba na beira de um rio, se não sabem do que estou falando tentem fechar uma, não tem como. Quando o consigo olho para Cícero com minha melhor cara de "não brinque comigo desgraçado, ou arranco suas bolas!" mas tudo que ganho com isso é um escancarar de dentes tão grande que por um segundo acho que seu rosto ficará marcado pra sempre.

 Quando o consigo olho para Cícero com minha melhor cara de "não brinque comigo desgraçado, ou arranco suas bolas!" mas tudo que ganho com isso é um escancarar de dentes tão grande que por um segundo acho que seu rosto ficará marcado pra sempre

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- Eu não vou a lugar algum com você! - retruco evitando o contato da sua mão com a minah pele. - Se não percebeu estou acompanhada! 

Chego mais perto de Raul que se mantem parado observando a interação entre meu diabo particular e eu.

- Acho que você vem sim! - sua voz não deixa dúvidas de que irei por bem ou por mal.

- Cara, você precisa aprender que quando uma mulher diz não, é não! - Raul dá um passo a frente bloqueando meu corpo da linha de visão de Cícero, vejo como ele está se segurando para não chamar atenção para o nosso grupo, mas suas mãos abrem e fecham diversas vezes. 

"Como é Cecilia, vai ficar aí e ver o circo pegar fogo ou vai tomar a decisão que já sabemos que você quer?" minha voz interior diz de forma debochada, eu não quero porra nenhuma! "Tá bom, continua falando e quem sabe sua menina travessa também se convença disso!" 

Eu odeio ter essa criatura falando na minha mente, principalmente quando ela está certa, pois a decisão de vir até aqui foi unica e exclusivamente para que eu pudesse exorcizar essa peste lindamente gostosa e que exala tesão por onde passa da minha mente, e veja só no que deu, topei logo com ele, e antes que a merda feda de um vez por todas, como diz Sabrina, vou resolver isso.

- Raul, me espere aqui, eu já volto! - digo me colocando entre os dois homens que se olham como dois leoes prestes a lutarem por seu território.

- Lia, você não precisa fazer isso! - meu amigo, que foi colocado nessa situação me olha tentando transmitir para mim segurança, mas sei que Cícero não parará de me importunar, seja aqui ou no trabalho e não posso abrir mão do meu emprego, não quando eu preciso pagar as contas, não é justo deixar todas as despesas para minha avó.

- Eu sei, querido, mas eu quero resolver isso de uma vez por todas! - seguro no seu rosto e me inclino para depositar um beijo na sua bochecha.

Não me passa despercebido que Natany observa tudo com uma expressão intrigada, mas não perco tempo com divagações, viro-me e faço o caminho rumo a saída, logo sinto o calor que só o corpo de Cícero emana diretamente para o meu. Sua mão vem de encontro a minha cintura e eu a empurro para longe, aqui não violão, essa conversa será nos meus termos.

- Tira a mão que não lhe dei esse direito! - ouço o seu riso baixo e a raiva que já sentia dele coemça a ficar ainda mais forte, babaca, convencido de um figa, vou tirar esse sorrisinho, há se vou!

Sob seu comando - Coração no Comando (Livro 1) DEGUSTAÇÃO (completo Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora