Chegou o amor! (Finalizada!)

19 - Chegou o Traiçoeiro!

Nota: os trechos em itálico foram retirados dos capítulos 9 e 10 do livro Traiçoeiro

ponto de vista do Diego

Quando saí da igreja, ele me chamou:

—Porque você fez isso tudo, Diego?

Nessa altura, todos já estavam na porta da igreja e a juíza Gabrielly me dando voz de prisão.

—Fiz isso pela sua fortuna, não é óbvio? Eu vivi na merda e você com tudo, quis fazer justiça e eu viver na riqueza um pouco.

Gustavo se aproximou e me deu um tapa na cara. Eu fiquei com raiva, mesmo que ele estivesse certo, e revidei dando um soco na cara dele.

Saí correndo em disparada, para não ser preso e não vi um carro se aproximando de mim e fui atropelado. Só senti meu corpo sendo jogado para cima pelo carro e eu caindo violentamente no chão e meus sentidos sumindo.

ponto de vista do Gustavo

—Diego! Diego! Não, porque isso aconteceu!?

Eu corri pelo asfalto e tentei levantar meu irmão, que estava caído no chão. Eu tinha raiva dele, mas jamais quis que isso acontecesse. O motorista do carro saiu desesperado e eu indiquei que ele ainda estava vivo, para que ele chamasse uma ambulância.

Todos os convidados do casamento chegaram e ficaram observando a cena.

—Gustavo, deixe a ambulância levar o seu irmão. – Meu pai Erick falou comigo com um tom triste.

—Eu vou com ele.

Minha mãe falou e me deixou um pouco triste, porque tinha algo em mente e ela estaria ausente.

Ela entrou na ambulância, que saiu em disparada para o hospital. Eu não estava feliz com o que havia acontecido com meu irmão, mesmo ele sendo um usurpador criminoso.

—Voltem todos! Vai ter casamento, sim.

Todos me olharam assustados e abracei o Saul.

—Juíza Gabrielly, sei que ninguém está no clima. Mas, eu amo este homem e eu sou o Gustavo verdadeiro. Como prova, Diego fugiu e até foi atropelado.

Pela primeira vez, vi que Rafael estava chorando. Ele também estava sentindo a mesma dor que eu. Mas, esse era meu plano desde o início: desmascarar meu irmão e casar com Saul no lugar. O engraçado que nem o noivo sabia.

—Tudo bem, Gustavo.

A juíza ficou me olhando e rindo.

—A situação é totalmente inapropriada, mas vocês não vivem de uma forma normal mesmo. Vou casar vocês agora.

Todos voltaram para seus lugares. Meus três pais me olhavam incrédulos, em especial Erick. Ele parecia querer ir visitar o Diego.

—Pai, você vai poder visitar o usurpador em breve. Finja felicidade e abra um sorriso para meu casamento.

Os três se entreolharam e acabaram cedendo, ficando com caras mais relaxadas. Pude ver de canto de olho que Gabriel chegou no lugar e se sentou ao fundo, junto com o marido dele, o Pablo.

—Gabriel, que bom que você chegou. Pena que perdeu que todo o espetáculo.

Ninguém ali gostou do que eu disse. Logo depois percebi que havia falado demais, Rafael desatou a chorar de novo e fiquei mal por isso. Larguei Saul no altar e dei um abraço no meu irmão.

—Rafa, ele não vai morrer. Confie em mim.

—Eu sei, mas eu já chorei pela sua morte. Não quero chorar a morte dele. Eu sinto, lá no fundo, que tem uma razão para tudo isso, ele não é ruim, irmão...