10 - Chegou a emoção!

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ponto de vista do Diego

Porra, deveria ter muito cuidado com essa conversa. Gustavo estava fazendo pose e se preparando para fazer uma pergunta indelicada.

—Me conta, mana...como foi sua primeira vez com Pedro?

Eu fiz uma cara apavorada, ainda bem que estava de costas para meu irmão. Não fazia ideia do que responder, mas tive que improvisar.

—Ah foi tão bom, irmão. Fiquei muito feliz de ter transado com ele.

—O pau dele é bem menor do que o do Saul, né? Mas, você é louco e prefere assim... –Eu estava com a cara fervendo de ter que ouvir aquele papo.

—Ah, Pedro é romântico, né? Ele se esforça, isso para mim basta...

Gustavo riu muito alto e concordou, dizendo que ele era romântico incorrigível mesmo. Eu estava rezando para que alguém aparecesse e acabasse com aquele sofrimento para mim logo.

—Rafa, eu devo confessar. Eu finalmente consegui superar o Gabriel. Estou aliviado.

—Estão falando de mim? –Gustavo deu um grito muito afeminado e Gabriel entrou rindo na sala, deve ter ouvido nossa conversa toda. Mas completou:

—Gustavo, deixe seu irmão aí. Seus pais querem falar contigo. –Gustavo argumentou que estava fofocando comigo, então Gabriel amansou a cara, ao perceber que estava imitando o Rafael.

Quando Gustavo passou emburrado pela porta e sumiu da minha vista, Gabriel enfiou a cabeça no quarto e disse para mim:

—Parabéns, seu desempenho foi excelente.

Ah, eles mal podiam esperar! Sorri de volta e ele saiu também. Fiquei um pouco atônito no quarto, nada acontecia, mas ouvia gritos de onde eu estava.

Após uns vinte minutos, ouvi Gustavo reclamando:

—Mas, eu quero falar com meu pai Erick...

—Gustavo, nem era para você estar aqui. Quando eu e Lucas voltamos para casa, ligamos para o Erick. Agora suma daqui que a situação é séria. –Podia ouvir uma voz melodiosa, mas séria e raivosa falando.

Fiquei quieto no meu quarto e fiquei ouvindo os passos dele se afastando. Voltei a ver minha televisão, mas rapidamente percebi que ouvir o que aqueles homens falavam seria interessante para mim. Esperei um tempo para que ninguém percebesse, esses infelizes sabiam de tudo, como eles sempre falavam.

Tomei coragem e comecei a sair do meu quarto novamente, passei o cartão na porta e ela me deu acesso para fora. Eu ficava preocupado que isso poderia avisar aos meus hospedeiros que eu havia saído. Por isso, eu fui ao banheiro, dei uma mijada e saí. Passei o cartão de novo para indicar que eu havia voltado e me escondi na penumbra.

Caminhei por aquela agência, era tudo tão escuro, mas tecnológico. Havia computadores ali que eu nunca havia ouvido falar. Confesso que fiquei animado, parecia tudo cena de um filme de ficção, mesmo ali parecendo abandonado. A medida que me aproximava da sala que as vozes vinham, mais claro o complexo ficava e mais parecia com uma nave de ficção científica.

Cheguei na sala:

—Eu não quero saber. Este atentado é inadmissível, Carlos. Eu e Gabriel passamos todos os dados do Quartel General para os militares. Com uma bomba vocês acabariam com isso. Por que nada foi feito? Agora o pânico se alastrou pelo país, já até explodiram outra bomba em Paraíso. O que você tem a me dizer?

—Eu passei os dados para os militares. Não sei o motivo de não terem feito nada, eu estou aposentado, não faço mais parte de lá. E pare de gritar comigo, Erick.

Chegou o amor! (Finalizada!)Onde histórias criam vida. Descubra agora