MAXWELL
Já era de manhã. Acordei lentamente para ir tomar um banho bem quente, óbvio. Com o frio que estava fazendo, não tinha como eu não ficar mais lerdo do que eu já costumava ser. Coloquei minhas calças marrons, tênis brancos e um suéter preto por cima da minha regata. Penteei meu cabelo rapidamente enquanto olhava no espelho e caminhei até as escadas, descendo em direção a cozinha.— Bom dia, filho. — Dizia a minha mãe, sorridente, ao olhar pra mim. Ela estava passando manteiga em uma fatia de pão, sentada na cadeira próximo a mesa redonda que ficava na nossa cozinha.
— Bom dia pra você, Max. —Também disse o meu pai enquanto olhava pra mim, logo antes de tomar um gole de café na xícara em que segurava.— Bom dia, mãe, pai. — Eu disse, indo dar um beijo na bochecha de cada um.
Me sentei e peguei uma fatia de pão. Passei a manteiga e comecei a comer.
— E aí, garoto? Preparado pra enfrentar esse frio horrível que tá fazendo lá fora? — Meu pai me perguntou enquanto caminhava na minha direção. Bagunçou o meu cabelo com sua mão livre.
— Para, pai! Acabei de pentear. — Reclamei.
— Ué, é só ir pentear de novo. — Ele disse e riu. Dei um sorriso preguiçoso.
— Agora você vai ter que pentear. — Falei, brincando.
— Eu duvido que ele faça isso. Tá mais fácil a gente ganhar na loteria. — Minha mãe dizia, rindo. — Não, espera. Melhor! Tá mais fácil aparecer um dragão aqui na janela da minha cozinha, sorrindo pra mim enquanto segura uma sacola de delivery do Burger King, dizendo "entrega para a senhora Maria". — Acho que ficamos uns dois minutos rindo.
— Mãe, de onde você tira essas coisas?
Quando olhei em volta, não vi meu pai.
— Ué, cadê meu pai?
— Não faço ideia. Não sabe que ele é louco? — Minha mãe dizia, olhando pra mim enquanto fazia voltas com o dedo indicador apontado para a orelha.
De repente ele entrou na cozinha com um pente e começou a pentear os meus cabelos.
— Uma mulher que não confia no marido e o filho que não confia no próprio pai. — Disse ele enquanto me penteava, brincando. Fez um estalo com os lábios logo depois.
Eu e minha mãe rimos.
— Gente, são quase 7 da manhã e vocês estão de ótimo humor. Assim não dá! Como vocês conseguem? — Perguntei, indignado.
Meu pai terminou de ajeitar o meu cabelo.
— Amor, ué.— Meu pai respondeu e deu um sorriso.
Olhei pra cima, terminando de mastigar o último pedaço de pão e me levantei.
— Como assim? — Pergunto.
— Amor por mim, por você, pela sua mãe, pela vida... — Ele me deu um beijo na testa e um forte abraço. — Estou indo trabalhar. Boa aula hoje, filho, tenha um ótimo dia.
Sorri e fiquei em pé olhando ele indo se despedir da minha mãe também.
— Pra você também, pai.
Fui ao banheiro perto da escada, ainda no primeiro andar, pra poder escovar os dentes e percebi que minha mãe estava apressada.
— Filho, já vou indo também! Me esqueci que ainda tenho que passar no banco pra sacar dinheiro! — Ela gritou ao mesmo tempo que abria a porta de entrada. — Boa aula, te amo!
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Eu escolho ele (Romance Gay)
Romance(COMPLETO E REVISADO) O jovem Maxwell é um rapaz de 20 anos que finalmente decide estudar fotografia na faculdade. Ao mesmo tempo que segue os seus planos, ele se encontra inseguro, com traumas de relacionamentos passados e já sem esperanças de enc...