11 - A vida encontra um jeito

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MAXWELL

Como era sábado, não ia encontrar Derek na faculdade. Então tentei deixar mensagem, ligar pra ele, fiz de tudo. 

Mas nada.

Esperei preocupado por uma resposta, mas não vinha nenhuma. Fui até a casa dele durante o fim de tarde pois já não aguentava mais. Bati na porta e toquei a campainha, mas parece que ele não estava. Voltei pra casa inconformado. Às sete da noite, meus pais vieram me avisar que jantariam fora. 

Me despedi deles e fiquei deitado no meu quarto, escutando música.

Cerca de uma hora depois, o meu telefone começa a tocar.

Era Derek.

Subiu um gelo na minha barriga e logo atendi a ligação.

— Derek! Por onde esteve? Eu tentei te ligar e...

Fui impedido de continuar a falar por conta de um choro do outro lado da linha.

— Max? Max... Eu preciso muito falar com você.

Derek, além de chorar, parecia estar bêbado. 

— Derek, tá tudo bem? 

— Não! — ele respondeu tão alto que meu ouvido chegou a doer. 

— O que tá havendo? Me conta.

— Max, deixa eu ir pra sua casa? Por favor, por favor. Eu tô me sentindo perdido, como se tivesse perdido tudo.  — ele soluçava.

— Sim, sim, claro. Você pode vir. — Eu falava, preocupado. — Mas está de carro? Você bebeu? 

Ele desligou o telefone e tentei ligar várias vezes de volta. Ele não atendeu.

Logo estava na porta da minha casa, tocando a campainha sem parar. Eu desci correndo, mesmo usando os meus pijamas e abri a porta. Seu rosto estava vermelho, mas aparentemente tinha parado de chorar. Olhei pra rua e percebi o seu carro estacionado. 

— Derek, eu não acredito que bebeu e veio dirigindo.  — eu dei o sermão, puxando ele pra dentro e fechando a porta. 

Ele não disse nada, só abaixou a cabeça e encostou a testa no meu ombro. Eu o abracei, foi a minha primeira reação. 

—  Nunca mais faça isso. Nunca mais dirija bêbado. — eu continuei.

Ele insistia em ficar quieto.

— Vem, vamos lá pro quarto. — chamei.

Depois disso, subimos as escadas, entrando no meu quarto. Sentei na minha cama.

— Você está bem? — perguntei, mas ele não respondeu nada. Só sentou do meu lado e deitou com a cabeça no meu colo. Parecia tão cansado que adormeceu. Não tive coragem de acordá-lo, então fiquei fazendo carinho no seu cabelo e acabei dormindo ali também. 

DEREK

Acordei com o som de uma porta batendo. Sentei na cama assustado, e aos poucos percebi que estava no quarto de Max. Minha mente lembrou de tudo o que tinha acontecido, e percebi que os pais de Max tinham chegado em casa. Olhei no relógio. Eram 4h da manhã.

Maxwell estava sentado, encostado na parede e em alguns travesseiros. Estava dormindo, então decidi não acordá-lo. Não queria que os seus pais soubessem que eu estava ali a essa hora, não sei se teria problema ou não.

Então, por via das dúvidas, levantei a janela do quarto e subi no telhado. Fechei a janela, e com calma, fui caminhando até a borda. Dessa vez, não tinha a lata de lixo pra eu pular em cima e me ajudar a descer, então me pendurei e soltei. Meus pés doeram um pouco com o impacto, mas não foi nada demais. 

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora