Eu escolho ele (Romance Gay)

17 - Luzes apagadas

MAXWELL

O natal estava chegando e não parava de nevar. Eu já não conseguia mais desgrudar da minha câmera fotográfica, e sempre tirava foto do que eu achava interessante. No dia 23 de dezembro, eu estava na casa de Derek. Eram umas oito horas da noite e ele tinha me convidado pra dormir lá.

— Tá gostando do filme? — ele me perguntou enquanto me abraçava de lado no sofá da sala, vestindo uma regata preta e calças de pijama.

— Mais ou menos. Tô gostando mais de ficar com você. — sorri pra ele.

Derek sorriu de volta e me beijou. Logo depois, deitou com a cabeça no meu colo e ficou me olhando.

— Não ligo pra filme nenhum se tenho o menino mais perfeito do mundo comigo.

Eu ri e fiquei acariciando o seu cabelo.

— Não sou perfeito, D.

— Pra mim, você é. — disse e deu um sorriso convencido.

— Você também é perfeito pra mim.

Por mais que o filme estivesse chato, continuamos a assistir, pois a cena que estava acontecendo envolvia uma ação intensa e muito tiroteio. É, eu e ele gostávamos muito dos filmes de ação, mas esse em específico estava monótono e com falta dessas cenas mais intensas.

— Você acha que consegue dormir bem hoje? — perguntei.

— Como assim?

— Por causa da insônia.

— Ah... acho que sim. Você vai estar comigo. Isso vai me acalmar, com certeza. — ele respondeu com um sorriso e se levantou, se espreguiçando. — Vou pegar uma coisa, já volto.

Derek foi até a cozinha e trouxe uma garrafa de vinho. Com a outra mão, segurava duas taças.

— O que é isso? Jantar romântico? — brinquei e ri, levemente.

— Não. — ele também riu. — É só algo que estava guardando pra nós dois. Você gosta de vinho?

— Gosto bastante.

— Sempre acerto os seus gostos, não é? — ele ergueu uma sobrancelha e sorriu de lado.

— Hum... Quase sempre. — eu ri.

Depois de conversarmos sobre coisas banais, trocar carícias e ficar grudados um no outro naquela noite fria, Derek foi escovar os dentes e se arrumar pra dormir. Fiz o mesmo.

— Você vai dormir agora também? — Ele me perguntou.

— Uhum. — confirmei, seguindo ele.

Na verdade, a gente ainda não tinha ido dormir. Derek deixou a luz do abajur ligada, e ficamos deitados na cama conversando sobre a família dele.

— Mas você precisa conhecer a Dorothy, Max. Tenho certeza que ela vai te amar. — ele sorria.

— E eu também tenho certeza que vou amá-la. Levo bastante jeito com crianças. — eu garanti.

— É? Gosta de crianças?

— Sim, na verdade sim!

— Então deve ser um ótimo pai no futuro. — Derek disse e me olhou com uma expressão insinuante. Oi? Ele já estava insinuando que íamos casar e ter filhos? Que loucura! Gostei.

— Ah, aposto que você também. — eu disse e dei um beijo em sua bochecha.

— Como sabe?

— Você fala sobre sua irmãzinha com muito carinho, me contou que sempre tomou conta dela desde que ela nasceu e que ela te ama muito. Tenho certeza que é um irmão e tanto pra ela. Um herói, certo? — sorri.