Epílogo

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MAXWELL

A minha felicidade era indescritível. Depois de algum tempo planejando, decidimos fazer a nosso casamento naquele sítio da Claire, pois ela mesma tinha nos convidado. Eu vesti o meu terno azul marinho e penteei o meu cabelo para o lado. Estava me arrumando dentro de um dos quartos. Parei em pé em frente ao grande espelho que ficava no canto do cômodo, quando Claire entrou e me viu daquele jeito.

— Nossa, você tá maravilhoso! 

Eu me virei e sorri pra ela. 

— Obrigado, Claire... — caminhei até ela e a abracei bem forte. 

— Estou tão, tão feliz por vocês dois. São tão lindos! Nasceram um para o outro.

— Como você e Bruno. — ri levemente.

 Claire me olhou e segurou as minhas mãos. Ela estava usando um vestido longo e prateado. Usava cordões e um par de brincos bem chamativos. Depois de algum tempo, Claire deixou de usar a sua tão amada gargantilha preta. Ela também estava usando uma maquiagem bem nude e um coque no cabelo. 

— Como está o bebê? — perguntei ao apoiar minha mão na sua barriga.

— Hoje ele está chutando muito. — ela sorriu e olhou pra baixo.

— Bruno deve estar tão feliz, não é? 

— Sim, claro! — ela riu. — Seu amigo é um ótimo marido e tenho certeza que vai ser um ótimo pai também.

— Com certeza. — sorri. — Ei, você sabe onde está Derek? 

— Ele está se arrumando no quarto aqui do lado com a ajuda do Bruno, Max. — ela me explicou. — Por quê? 

— Eu queria ir lá vê-lo... — falei, tentando caminhar pra fora do quarto.

— Não! — ela me impediu.

— Ué, e por que não? 

— É a tradição! Você não pode vê-lo até a hora que estiverem no altar. 

— Ai, meu Deus... — eu ri. — Isso não é um casamento tradicional e hétero, Claire! 

— Mas ainda assim é  um casamento, oras! — ela franziu a testa. 

— Tá bom, tá bom... — soltei mais um riso e saí andando com ela do quarto. — Não se preocupe, não vou ver o Derek, só quero pegar um pouco de ar lá fora. 

— É uma ótima ideia. — ela sorriu. 

— E por que Bruno está ajudando ele? 

— Gravatas são bem complicadas. — Claire riu levemente. 

— Ah, as pessoas dizem isso, mas eu não acho! — sorri. — Sem querer me gabar, ok? 

— Ok, senhor inteligente. 

— Nah, não sou. — fiquei sem graça. 

 Não poderia haver outra época melhor para se casar do que a primavera. As árvores estavam muito verdes e vivas, repletas de flores. O céu estava azulado de uma forma tão forte que se eu ficasse o fitando por muito tempo, acabava sentindo a minha visão um pouco irritada. Claire e Bruno nos ajudaram com os enfeites. Havia a mesa de buffet, várias cadeiras com mesas espalhadas pela grama, varais de luzes atravessados por todo o local e é claro, uma boa música.

Meus pais, assim como os pais de Derek, nos ajudaram com as comidas. Não tínhamos contratado nenhum serviço ou funcionário a não ser os garçons e o padre. O pai de Derek conhecia um que não era nem um pouco preconceituoso e adorava, inclusive, realizar casamentos homossexuais. Obviamente, o convidamos para o casório e ele adorou a ideia. E DJ pra quê? Uma ótima playlist do Spotify já estava ótima!

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora