21 - Luzes acesas

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MAXWELL

Apesar do desastre que tinha acontecido, eu me sentia anestesiado, pois estava cercado de pessoas que eu mais amava na vida: meus pais, meus amigos e meu namorado. Nós ficamos conversando na sala, até que Claire sugeriu algo.

— Eu estava pensando em passar um fim de semana no sítio que meus pais têm. Fica nas montanhas, longe disso tudo. — ela explicou.

— Seria bom, ficar longe de todo o perigo que está acontecendo. Descansar um pouco. — minha mãe respondeu. 

— Sim, dona Maria. Eu queria convidar o seu filho e o resto dos nossos amigos pra ir comigo, óbvio. 

— Sério? —   Perguntei, surpreso.

— Claro, por que não? — Claire franziu a testa. — Quero que a gente possa tentar esquecer um pouco de tudo isso que anda acontecendo na cidade. Vocês aceitam ir? 

— Por mim, óbvio que vou. — Alissa comentou.

— Claro. — Foi a vez de Bruno. 

Olhei para os meus pais. 

— Maxwell, pode ir, vai estar seguro longe do que esteja acontecendo. Enquanto isso, vamos ficar de olho aqui. — meu pai falou. 

Derek segurou minha mão.

— Eu vou estar com você o tempo todo. Acho que vai ser bom a gente ter esse descanso. — ele me falou logo antes de dar um sorriso. 

— Então tudo bem. — eu sorri.

— Fechado! — Claire bateu as palmas das mãos. — Então no fim de semana que vem, levo vocês no meu carro. 

 Me despedi dos meus amigos e de Derek. 

— O que você fez hoje foi um ato heroico indescritível... — ele me falou na porta da minha casa. 

— Seu ato foi mais ainda indescritível, D. Você arriscou a própria vida por mim. 

— Mas é claro. Você é o amor da minha vida. O que mais queria que eu fizesse? — ele riu como se não esperasse que eu ficasse surpreso pelo seu ato.

— Você também é o amor da minha vida, D. Espero que nunca vá embora. — eu disse e o abracei forte. Ele me envolveu em seus braços. 

— Eu sempre estarei aqui por você. — segurou meu rosto, me deu um selinho e ficou olhando pra mim. — Você me escolheu e eu escolho você. — deu um sorriso enorme. 

Depois que ele foi embora, pedi para que me avisasse quando chegasse em sua casa, pois já estava morrendo de preocupação com esse assassino por aí. Fechei a porta e suspirei. Que dia cheio. Me juntei aos meus pais que estavam na sala assistindo TV. Estava passando a notícia e filmagens amadoras da casa pegando fogo. O corpo de Daniel foi censurado.

Olhei para o meu pai com um olhar de preocupação. 

— Eu estava muito preocupado com você. — eu disse e ele olhou pra mim com lágrimas nos olhos.

— Eu também estava, meu filho. —  disse antes de me abraçar bem forte. — Me perdoa.

— Tá tudo bem. — respondi, retribuindo o abraço que logo foi complementado pela minha mãe.

— A gente te ama, Max. — ela disse.  — E isso nunca vai mudar.

Os dias se passaram e o fim de semana parecia estar mais longe que nunca. As pessoas na faculdade estavam tensas, assim como eu, Derek e meus amigos, é óbvio. Os professores pareciam estar muito preocupados, e com razão. Entre as pessoas não se falava outro assunto. Estavam todos assustados, mas o que poderíamos fazer? Estávamos lá para estudar e ser alguém no ramo profissional, assim como todo outro aluno. Não poderíamos parar, o que isso ia adiantar? O assassino pode ir a casa de algum aluno e matá-lo lá mesmo, se assim ele desejar. Assim como fez com Daniel...

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora