14 - Tudo vai ficar bem

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MAXWELL

Derek me ligou hoje de manhã. Ele me pediu desculpas por não poder ir comigo a faculdade hoje, pois teria que faltar aula. Seu pai tinha ligado, pedindo para que ele fosse a fábrica de automóveis para ajudar em várias coisas que estava precisando, já que acabou tendo que demitir cerca de cinco funcionários de uma função específica. Óbvio, respondi que não tinha problema e que estava tudo bem. 

Durante as aulas, estávamos divididos de um jeito diferente. Eu sempre sentava com Derek, Bruno agora sentava com Claire no fundo da sala e Débora com Alissa, lá na frente. Como eu estava sozinho hoje, decidi sentar do lado de Bruno.

— Oi, amigo. — o cumprimentei, sorrindo.

— E aí, Max. Cadê o bonitão? — ele perguntou.

— Já está olhando pra ele, não percebeu? — brinquei, rindo. 

Sentei na cadeira e Claire tinha acabado de chegar. Seu jeito era muito meigo, embora ela sempre passasse uma imagem de mulher séria e com muito estilo. Ela nunca deixava de usar sua gargantilha preta, e eu nunca tinha visto um corte de cabelo tão estiloso quanto o dela. Fala sério, que menina teria a coragem de arriscar deixar as pontas bem retas batendo nos ombros? Sempre estava observando isso. 

— Meninos! — ela disse, sorridente e segurando a bolsa com as duas mãos. 

— Menino Max. — Veio e me deu um beijo na bochecha.

— E menino Bruno. — ela riu, dando um beijo na bochecha de Bruno também, que sorriu sem graça. Ela sentou do lado dele e me senti um pouco excluído, porque os dois conversavam entre si sobre várias coisas e eu não enxergava um jeito de entrar nisso.

Praticamente passei o resto das aulas sozinho, sem conversar, mas pelo menos estava prestando atenção no que o professor falava e estudava dessa forma. 

No intervalo, Bruno e Claire se juntaram a Alissa e Débora. Eu fui me enturmar, mas não estava saindo muito assunto de mim, mais uma vez. Percebi que Débora também parecia se sentir da mesma forma, até que ela veio até mim. 

— Ei, Max. Vamos comigo na lanchonete comprar uma bebida? — me propôs. 

— Claro. — sorri. — vamos lá.

Ela avisou ao pessoal que íamos e então começamos a andar. Enquanto isso, ela começou a puxar assunto comigo.

— Então, eu queria te contar uma coisa. Queria colocar isso pra fora, e acho que não tem ninguém melhor do que você, Max. Confio muito em você, é um menino muito bom, sabia? — me olhou, sorrindo.

— Claro, pode contar. — eu disse, mas nervoso e ansioso pra saber o que era.

Paramos na lanchonete e Débora pediu um lata de refrigerante. E então, respirou fundo e se virou pra mim. 

— Max, compartilhamos das mesmas experiências. Bom, quase isso.

— Fala logo, Deb. — insisti. 

— Eu sou lésbica, Max. — ela sussurrou pra mim. 

Eu arregalei os olhos e dei um enorme sorriso.

— Sério? Deb, não fazia ideia.

— Pois é. — ela jogou o cabelo pra trás. — Com todos esses marmanjos atrás de mim...

— E todo esse seu jeito de patricinha. — Completei, rindo.

Ela riu também. 

— Mas não é só isso, cara. Eu tô gostando da Alissa... e não sei se ela é também.

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora